Leia Coluna do Airton Engster dos Santos no Jornal Nova Geração de Estrela

quarta-feira, 18 de julho de 2018

O Presidente da República, Ernesto Geisel é um estrelense que não nasceu em Estrela





Presidente Ernesto Geisel 

O Presidente da República, Ernesto Geisel é um estrelense que não nasceu em Estrela. Já antes do nascimento de Ernesto, os seus pais moravam em Estrela. A casa, uma das maiores da redondeza. Ali o casal esperava o filho. A casa só não foi berço do presidente por ordem do destino. 

Uma viagem foi necessária, e o casal Geisel teve que se deslocar para outro município. A esposa estava sentindo dores, o marido não sabia o que fazer estavam longe de casa, talvez não desse nem tempo de voltar a Estrela. 

O menino nasceu em Bento Gonçalves. Filho de August Wilhelm Geisel e Lydia Beckmann, seu pai, de nacionalidade alemã, veio da Baviera para o Brasil em 1883 e fixou residência em Novo Paraíso, no município de Estrela. 

Mas foi em Estrela que o ex-presidente cresceu, brincou, freqüentou a escola tornou-se adulto. Talvez, entre seus sonhos não figurasse a hipótese de ser, um dia, Presidente da República do Brasil. 

Geisel foi casado com a estrelense, Lucy Markus Geisel, professora primária, filha de Augusto Frederico Markus e Joana Beckmann. 

A ex-primeira-dama do Brasil, Lucy Markus Geisel, com 82 anos, morreu dia 03 de março de 2000, na clínica Prontocor, no Rio, vítima de parada cardiorrespiratória, em conseqüência de um acidente automobilístico na zona sul do Rio de Janeiro. 

O casal teve dois filhos Amália Lucy e Orlando, morto em acidente em 1957. Já a filha do casal, Amália Lucy Geisel formou-se historiadora.

Henrique, Orlando e Ernesto, três dos cinco irmãos Geisel (os outros eram Bernardo, um engenheiro-químico e Amália, uma professora), orientaram-se para a carreira militar. 

Em 10 de novembro de 1977, foi inaugurado oficialmente em Estrela, o Entroncamento Rodo-Ferro-Hidroviário de Estrela, primeiro do gênero no Brasil, construído no mandato do Presidente Ernesto Geisel. A Petrobrás se responsabilizou pelos encargos financeiros da obra que se situaram em torno de trezentos milhões de cruzeiros. 

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fotos: Acervo Airton Engster dos Santos

Dom Affonso nasceu em Estrela, - Rio Grande Sul, em 02 de junho de 1930



Dom Affonso Felipe Gregory 

Dom Affonso nasceu em Estrela, - Rio Grande Sul, em 02 de junho de 1930. fez seus primeiros estudos na cidade de Gavataí, até o ano de 1949. Estudou filosofia na cidade de São Leopoldo. Cursou Teologia na Universidade Gregoriana de Roma Itália onde recebeu diploma em Teologia, em 1956. Estudou na Universidade de Lovaina Bélgica, onde em 1960 recebeu Licenciatura em Ciências Sociais.

Dom Affonso Felipe Gregory foi ordenado padre no dia 25 de fevereiro de 1956, aos 26 anos. 

Foi o primeiro pároco de São Carlos, na Arquidiocese de Porto Alegre (1961-1962); professor no Seminário de Viamão; primeiro Diretor Executivo do Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais (1963-1980); membro da Equipe de Reflexão Teológico-Pastoral do CELAM (1956-1980); membro do Pontifício Conselho Cor Unum da Santa Sé em 1977; perito da Segunda Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em Medellín (1968); membro da Comissão de Desenvolvimento e População da OEA (1968-1970).

No dia 2 de agosto de 1979, o Papa João Paulo II designou Affonso Gregory para a função de bispo auxiliar do Rio de Janeiro. Foi ordenado bispo pelas mãos do Cardeal Eugênio Sales, Dom Adriano Mandarino Hypólito, e Dom Waldyr Calheiros Novaes. 

No dia 16 de julho de 1987, Dom Affonso foi designado para ser o primeiro bispo de Imperatriz. Ele foi ainda presidente da Cáritas Brasileira e responsável pelo Setor da Pastoral Social da CNBB (1983-1990); Presidente da Cáritas Internacional (1991-1999); presidente do CERIS (1981).

Renunciou ao cargo de bispo de Imperatriz no dia 3 de agosto de 2005, sendo sucedido por Dom Gilberto Pastana de Oliveira.

O bispo de Imperatriz, Dom Gilberto Pastana, lamentou profundamente a morte de Dom Affonso ocorrida em 06 de agosto de 2008. “Foi um exemplo de doação à igreja e aos povos mais sofridos”. 

Como era desejo de Dom Affonso, foi sepultado na Catedral de Fátima, em Imperatriz. Antes de ir para o Maranhão, o corpo foi transladado de Porto Alegre para Estrela-RS. Foi velado na igreja onde Dom Affonso foi batizado, fez a primeira eucaristia e se crismou. 

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fotos: Acervo Airton Engster dos Santos

Francisco Reckziegel ou Assis Sampaio foi o primeiro presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Estrela





Francisco Reckziegel ou Assis Sampaio

Natural de Linha Terezinha, Sampaio, Venâncio Aires, nascido em 21 de dezembro de 1929. Profissão: Técnico em Contabilidade. Falecido em 7 de julho de 2008, sepultado em Estrela-RS. Faleceu no Hospital Moinhos de Vento em Porto Alegre.

Reckziegel foi o primeiro presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Estrela. Integrou a primeira diretoria do Centro Cultural 25 de Julho. 

Seu pseudônimo literário foi adotado em razão do santo padroeiro, São Francisco de Assis, e do nome de sua terra natal, Sampaio.

Entre 1936 e 1939 estudou na Escola Paroquial, em Sampaio. De 1940 a 1945 estudou no Seminário Seráfico, em Taquari. Mais tarde, 1955-1957, na Escola Técnica de Comércio, em Estrela. 

Realizou trabalhos como a produção de crônicas semanais para Jornal Nova Geração, 1972-1989. Também produziu crônicas para o Jornal O Informativo do Vale e Jornal Folha de Estrela. 

De 1979 a 1989 realizou comentário dominical na Rádio Alto Taquari de Estrela-RS. 

Em 1995 recebeu prêmio “Histórias de Trabalho”, do Núcleo Cultural Usina do Gasômetro, da Prefeitura Municipal de Porto Alegre na categoria “Lembranças e Vivências”. 

Em 1997 publicou o livro “Nas Barrancas”, uma seleção de crônicas do Jornal Nova Geração, com apresentação do jornalista da Rede Globo, Alexandre Garcia. 

Em 1999 recebeu Menção Honrosa no Concurso Santa Crua, 150 Anos de Colonização Alemã, na UNISC. 

Ainda em 1999 Edição do livro “Divagações e Reminiscências”, crônicas do Jornal Nova Geração, com prefácio do escritor Lothar Hessel. 

Em 2000 teve trabalho selecionado no Concurso Histórias de Trabalho, da Secretaria Municipal da Cultura, da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. 

Em 2001, edição do livro “Recortes do Jornal”, crônicas do Jornal Informativo do Vale, com prefácio do jornalista Osvaldo Carlos Van Leeuwen.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fotos: Airton Engster dos Santos

Arno Sommer Nasceu em Estrela no dia 27 de outubro de 1916, na Picada Berlim, hoje município de Imigrante



Arno Sommer 

Nasceu em Estrela no dia 27 de outubro de 1916, na Picada Berlim, hoje município de Imigrante. Morreu em 27 de março de 1986. 

Filho do professor Henrique Sommer e Alma Fritscher, casado com Sonja Martha Sílvia Lassi. 

Professor e escritor. Seguiu a mesma profissão do pai. Formou-se no Seminário Evangélico de Professores, em São Leopoldo. Iniciou o magistério em São Caetano do Sul, SP. 

Em 1938, obteve uma bolsa de estudos na Alemanha, regressando em 1940, para lecionar em Santa Cruz do Sul, até 1948, ao seguir para Ijuí, onde foi professor e diretor do Colégio Evangélico Augusto Pestana, e vereador. 

Em 1963, ingressou no magistério estadual, como diretor do novo Ginásio Estadual de Catuípe. Em março de 1971, transferiu-se para Porto Alegre, lecionando em Canoas. 

Ao iniciar o ano letivo de 1982, regressou ao Vale do Taquari, atuando na 3ª DE.

Com graves problemas de saúde, aposentou-se em 1985. Publicou três livros: Reminiscências da Colônia Teutônia e Estrela, Von Teutônia in die Welt, e A Caminhada de um Professor.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fotos: Airton Engster dos Santos

Antônio Carlos Porto, o "Portinho", foi um dos grandes comentaristas esportivos que o rádio gaúcho conheceu. Iniciou na Rádio Alto Taquari, de Estrela



Antônio Carlos Porto 

Nascido em Estrela ( RS ), no dia 13 de abril de 1930, Antônio Carlos Porto, o "Portinho", foi um dos grandes comentaristas esportivos que o rádio gaúcho conheceu. Iniciou na Rádio Alto Taquari, de Estrela, fundada por Arnaldo Belvê. 

Em 1952, foi para Porto Alegre com a intenção de estudar. Chegando à capital, seu amigo, Ênio Mello, então comentarista esportivo da rádio Gaúcha, PRC2, o convidou a conhecer o jornal "A Hora", embrião da atual Zero Hora. 

Ao chegar, foi convidado por Samuel Madureira Coelho a escrever sobre esporte para o jornal, já que tinha sido excelente ponta-direita no Estrela FC e tinha jogado também no 14 de Julho, de Livramento. 

Começou como cronista esportivo, cobrindo uma partida em que jogavam o Internacional e Grêmio Esportivo Renner. Logo começou a fazer jornalismo, em 1954. 

Depois, foi para a Caldas Júnior, trabalhar na Folha Esportiva. Começou sua carreira no rádio entre 1954 e 1955, quando cobria as férias dos locutores titulares na Rádio Gaúcha, e na Rádio Difusora, PRF9. 

Em 1958, convidado por Guilherme Sibemberg, foi para a rádio Gaúcha como comentarista de futebol, já que Ênio Mello havia passado para a Farroupilha. 

Mendes Ribeiro saiu da Gaúcha para a Guaíba e o convidou para acompanhá-lo, como comentarista e repórter. Porto foi um dos pioneiros da Guaíba, onde ficou até 1960. Depois disso foi para a Farroupilha e Difusora. 

Em 1967, voltou para a Guaíba, onde ficou até quase 1990, um pouco antes da Caldas Júnior entrar em crise. Depois disso, praticamente encerrou as atividades em Rádio, continuando a escrever somente para a Radiobrás. 

Antônio Carlos Porto também atuou como presidente do Sindicato dos Jornalistas do RS, e foi presidente do Sindicato dos Radialistas do RS. Fez o curso de Direito e até trabalhou um período na Justiça do Trabalho. Morreu em setembro de 2011.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fotos: Acervo Airton Engster dos Santos

Alberto Ruschel nasceu em Arroio do Ouro, município de Estrela, irmão de Nilo que era radialista e Paulo compositor clássico regionalista “Os Homens de Preto”.





Alberto Ruschel 

Alberto Ruschel nasceu em Arroio do Ouro, município de Estrela, irmão de Nilo que era radialista e Paulo compositor clássico regionalista “Os Homens de Preto”. 

Aos 20 anos de idade, começou carreira no Rio de Janeiro, como músico, e cantor. Grande Otelo levou o amigo para o cinema. Ruschel torna-se galã e aparece em filmes como: “Este Mundo é um Pandeiro”, “Ângela” e “Cangaceiro”, entre outros. Fez três filmes na Espanha. Na volta para o Brasil filmou “Matemática Zero, Amor Dez” com grande sucesso e campeão de bilheteria na época. 

Atuou como diretor em “Pontal da Solidão”. Participou da novela “O Todo Poderoso” produzida pela Rede Bandeirantes entre 1979 e 1980. 

Filmou Também “Paixão de Gaúcho” - Época da guerra entre Legalistas e Farroupilhas. 

“O Cangaceiro”, porém foi seu maior feito. O drama, em preto e branco, conta a história de um bando de cangaceiros comandado pelo Capitão Galdino (Milton Ribeiro) que mantém a todo custo um código de honra. “O Cangaceiro”, de Lima Barreto, produzido em 1953 pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz, é uma das fitas mais premiadas da década de 50, estrelada por Alberto Ruschel, Marisa Prado, Milton Ribeiro, Vanja Orico e Adoniran Barbosa. 

Alberto Ruschel recebeu o prêmio Oscarito no Festival de Gramado entregue as personalidades do cinema brasileiro. Faleceu no Rio, em janeiro de 1996. 

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fotos: Airton Engster dos Santos

Cervejaria Polar, administrada por Arnaldo J. Diel, era responsável por 60% de todos os impostos de Estrela




Arnaldo J. Diel

Arnaldo J. Diel, nascido em Cruzeiro do Sul em 13 de abril de 1911, casado com Maria Verena Ruschel, empresário em Estrela, morreu na praia de Atlândida, em 9 de janeiro de 1969, é considerado um dos maiores empresários no Rio Grande do Sul, no século XX. 

Em 1945 assumiu como diretor da Cervejaria Estrela, onde permaneceu por 25 anos, até sua morte. Com a mudança do nome para Cervejaria Polar S.A., transformou a empresa na maior organização empresarial do Vale do Taquari. 

Com a aposentadoria do cervejeiro Albert Meinzer, Diel buscou em São Paulo, o alemão Petar Hirtenkauf e sua família, com quem fez grande amizade e desenvolveu diversos projetos que mudaram a forma de produzir cerveja no Brasil.

Em 1968 a Cervejaria Polar, administrada por Arnaldo J. Diel, era responsável por 60% de todos os impostos de Estrela, que nesta época tornava-se o décimo município em arrecadação no RS. 

Diariamente caminhões carregados cruzavam as estradas brasileiras levando produtos da Polar de Estrela para diversos estados brasileiros (Goias, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Fortaleza e Brasília). Foi criada uma filial em São Paulo. A Polar Export ganhou destaque nacional nesta época. 

Arnaldo J. Diel teve papel decisivo na construção do Ginásio Esportivo da Soges de Estrela, que leva seu nome como homenagem aos relevantes serviços prestados. O Ginásio foi concluído em 1966.

Seu sepultamento em janeiro de 1969 ocorreu com numeroso acompanhamento. Grande consternação tomou conta da cidade.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fotos: Airton Engster dos Santos