Leia Coluna do Airton Engster dos Santos no Jornal Nova Geração de Estrela

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Lajeado-RS - 130 Anos - fez parte do território de Estrela até 1891






O nome Lajeado vem do ponto de referência que se dava às sesmarias. No Rio Taquari e bem como o Arroio do Engenho, águas formavam cascatas sobre lajeiros, daí o nome da cidade. Entretanto, em virtude da barragem de Bom Retiro, os lajeados do Taquari, bem como suas cascatas, estão submersas.

Antônio Fialho de Vargas foi o fundador e patriarca de Lajeado. Tendo sido um dos primeiros a estabelecer-se por Lajeado, adquirindo fazendas e estabelecido casa, senzala e demais dependências, além de ter promovido a colonização local.

As terras foram inicialmente comercializadas pela imobiliária Batista Fialho & Cia.
Lajeado - RS

Primeiramente, pertenceu o município de Lajeado ao de “Vila Príncipe” (Rio Pardo), criado pelo Alvará Régio de 27 de abril de 1809, juntamente com Porto Alegre, Rio Grande e Santo Antônio da Patrulha. Eclesiasticamente, ficou submetida à Freguesia de Taquari.

Uma vez criada a Freguesia de Estrela pela Lei 875 de 2 de abril de 1873, a ele foi incorporado o território de Lajeado pela Lei 916 de 24 de abril de 1874. Pela Lei 963 de 29 de março de 1875, foi instituído como 2° Distrito de paz da Freguesia de Estrela, compreendendo o território situado a margem direita do Rio Taquari (Lajeado, Arroio do Meio, Encantado e Guaporé).

Pela Lei 1.044 de 20 de maio de 1876 foi criado o município de Estrela, dele fazendo parte o Distrito de Lajeado.

Mais tarde em 27 de maio de 1881, pela Lei provincial 1351, foi criada uma freguesia no 2° Distrito de paz de Estrela, sob a invocação de Santo Inácio. Finalmente pelo Ato 57 de 26 de janeiro de 1891 foi criada a Vila de Lajeado, cuja instalação deu-se em 25 de fevereiro do mesmo ano.

Até 20 de outubro de 1891, a nova comunidade foi administrada por uma Junta Municipal, presidida por Frederico Henrique Jaeger. A 15 de novembro de 1891, foi empossado o 1° Conselho Municipal, e eleito o intendente Frederico Heineck.

A 20 de fevereiro de 1892, foi dissolvido o Conselho Municipal pelo então governador do Estado e nomeada uma Comissão para gerir os negócios da comunidade. A 19 de agosto de 1892, tomou posse do cargo de Intendente Provisório Bento Rodrigues da Rosa que administrou o município até 1894, quando foi substituído por Joaquim de Moraes Pereira. Em 1895 este foi substituído por Júlio May.

Pelo Decreto 618 de 6 de maio de 1903, instituiu a Comarca do Vale do Taquari, com sede em Lajeado, abrangendo o termo de Estrela.

Em 20 de dezembro de 1939, foi a Vila de Lajeado elevada à categoria de cidade.

Colonização de Lajeado: 
A colonização de Lajeado remonta a 1853, com o estabelecimento da Colônia Conventos, fundada por Antônio Fialho de Vargas. Ficava esta colônia situada no lugar denominado Conventos Velhos, próximo a atual sede do município, onde por volta de 1830 se estabelecera José Inácio Teixeira, “dono de muitos escravos” que construiu casas e adquiriu alguns lotes de terras repassando tudo para Antônio Fialho de Vargas. Em 1835 já havia muitos moradores em ambas as margens do Rio Taquari. Fialho de Vargas fez grandes derrubadas de matos e vendeu lotes de terras a pessoas de outros municípios que atraídos pela grande quantidade de terras para lavouras, mudaram-se e fixaram residência no território que aos poucos foi se desenvolvendo.

Em 1855 recebia a Colônia Conventos os primeiros imigrantes e, em 1857, já possuía 168 habitantes, dos quais 81 homens e 87 mulheres, sendo 49 deles chegados naquele ano da Europa. No ano seguinte chegavam mais 20 colonos ficando assim distribuída a população segundo religião e a nacionalidade: Brasileiros: 76, Alemães: 112 – Católicos: 71, Evangélicos: 117. Deste total 100 eram do sexo masculino e 88 do feminino. A colônia produzia feijão, milho, batatas, trigo, favas e cevada.

Em 1860 a população crescia para 231 almas.

Houve também imigração italiana, notadamente nos antigos distritos de Marques de Souza, Progresso e Fão, iniciada anos mais tarde. Também houve colonização de luso-brasileiros em menor escala.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos 

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Fotos: Em debate o futuro do Porto de Estrela - participação do prefeito Elmar Schneider e senador Luis Carlos Heinze


 


































































































































Na terça-feira (26.01.2021), ocorreu uma reunião de empresários, autoridades nacionais, estaduais e regionais, para debater sobre o futuro do Porto de Estrela. A municipalização do local aconteceu no governo de Rafael Mallmann e segue sendo administrada pelo prefeito Elmar Schneider.

As tratativas foram para definir o futuro do Porto de Estrela, viabilidade da hidrovia e ferrovia. O senador Luis Carlos Heinze, participou da reunião, colocando-se à disposição para trabalhar a questão junto ao Governo Federal.

Fotos: Airton Engster dos Santos e Cristhofer Pereira da Silva

O prefeito de Estrela, Elmar Schneider, cumpriu expediente no Porto de Estrela ao longo desta terça-feira (26). Foi lá que ele recebeu dezenas de autoridades, empresários e lideranças políticas com representatividade no município, Vale do Taquari, também no Estado e País. No motivo das visitas e pauta do encontro, a viabilidade logística do porto, que no ano passado voltou a ter seus 492 mil metros quadrados concedidos ao município. Os potenciais apontados como incentivo para a volta da operacionalização, aproveitando-se também do modal ferroviário e rodoviário, além da excelente localização de Estrela e região, deixaram a todos os presentes animados. Alguns dos empresários presentes viajaram até o município de lancha, pelo Rio Taquari, como forma de conhecer o trecho e avaliar sua potencialidade.

Além do prefeito Schneider, marcaram presença o senador Luis Carlos Heinze, o deputado estadual Gabriel Souza – que na próxima semana assumirá a presidência da Assembleia Legislativa do RS, e ainda Eduardo Krause, advogado e especialista em portos e hidrovias. Também o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, e o ex-prefeito de Estrela, Rafael Mallmann, assim como secretários municipais e vereadores do município. Representantes do ramo empresarial da região e Estado, alguns com forte experiência na operacionalização com portos, também participaram. Entre estes Paulo Bertinetti, diretor-presidente da Tecon Rio Grande, o principal terminal de contêineres do Rio Grande do Sul e que opera as principais linhas marítimas que ligam o Brasil ao mundo; Cláudio Bier – vice-presidente da Fiergs e empresário do ramo metalúrgico; e João Ervino Fischer, diretor-presidente da Cesa, empresa governamental responsável pela armazenagem da safra gaúcha. Ainda empresários e lideranças regionais como Dirceu Bayer, Oreno Ardêmio Heineck, Nilto Scapini, Leandro Arenhart (Amturvales), Evandro da Rosa (CIC); Andréia Zwirtes Kich (Cacis); entre outros.

Para o prefeito Elmar Schneider, há um grande potencial a ser explorado. “Temos que fazer bom uso do Porto, e fazer dele um alavancador da economia não só de Estrela, mas de toda a região e Estado, pois potencial para tanto tem e muito. Precisamos nos unir para isso. O investimento deve vir do setor privado, o poder público tem que ser o facilitador do que é necessário para tornar isso algo real”, diz. O senador Heinz foi ao encontro de suas palavras. “Devemos esquecer o investidor público, e sim buscar apoio do investidor privado, que é quem mais vai sair ganhando quando um projeto deste tamanho e magnitude começar a operar. Uso Santa Catarina como exemplo, com seus sete portos marítimos. O Rio Grande do Sul tem apenas um. O setor hidroviário tem um grande potencial. Precisamos unir forças para torná-lo viável. Podem contar com nosso apoio”, decreta. Paulo Bertinetti, da Tecon, completou. “Tivemos um grande caso de sucesso em Rio Grande. Não tem motivos para ser diferente aqui. Contem com a gente como parceiros deste projeto.” Paulo Bayer, representante das cooperativas, mostrou o otimismo de todos. “Renasce nossa esperança. O porto, assim como o Vale, são pontos e pólos estratégicos do Estado.” Nesse sentido, Eduardo Krause finalizou. “Para começar, a localização de Estrela e região já são um incentivo natural a este projeto, que não tem como dar errado. Aqui há movimentação econômica, diversidade no campo, na indústria e nos serviços. Mas esse potencial necessita de uma boa logística, o que passa muito pela eficiente operacionalização de um porto e tudo mais como este aqui de Estrela pode vir a oferecer.”

Várias outras lideranças se manifestaram na reunião. Em todos os pronunciamentos, foi levantado o tema da problemática logística do Rio Grande do Sul, que torna as operações no Estado mais caras e lentas. Neste sentido, a viabilidade do projeto a partir do modal hidro-rodo-ferroviário formado em Estrela e região foi apontado por todos como uma via para amenizar este problema.