Manoel Corrêa dos Santos: Lições de Vida e Amizade
Quando penso em Manoel Corrêa dos Santos, um sorriso imediato surge no rosto. Não um sorriso qualquer, mas aquele que carrega consigo a lembrança de tempos bons, de conversas simples e profundas, de aprendizados que não estão nos livros, mas no cotidiano de quem vive com sabedoria. Manoel foi mais do que um colega de trabalho nos anos que passamos juntos na Granóleo em Estrela; ele foi um mestre da vida, alguém que, sem pretensões, ensinava pelo exemplo.
Naquele ambiente de trabalho, onde a rotina muitas vezes engolia os dias, Manoel tinha o dom de transformar o ordinário em extraordinário. Ele sabia que a vida não é só sobre o que fazemos, mas sobre como fazemos. E ele fazia tudo com uma leveza que parecia dom natural, uma serenidade que desarmava qualquer pressa ou inquietação. Trabalhador dedicado, Manoel tinha uma habilidade rara de equilibrar competência com gentileza. Ele cumpria suas responsabilidades com exatidão, mas o que mais marcava era seu respeito pelos outros, sua disponibilidade para ouvir e, claro, sua boa prosa, sempre acompanhada de um conselho ou uma risada.
Aprendi muito com Manoel. Não só sobre o trabalho em si, mas sobre a importância de construir relações verdadeiras. Ele me ensinou que, mais do que o conhecimento técnico, o que levamos da vida são as conexões que criamos, o respeito que nutrimos por quem está ao nosso lado, e a gratidão por cada pequena oportunidade de aprender com o outro. Com ele, as pausas para o café eram sempre momentos de troca: falávamos sobre a vida, sobre a família, sobre os desafios diários. E, sem perceber, ele moldava em mim um entendimento mais profundo do que é ser verdadeiramente humano.
Manoel não era um homem de grandes discursos, mas suas atitudes falavam por si. Ele vivia a simplicidade com uma grandeza rara, aquela que só os sábios possuem. Sabia que o essencial na vida não se grita, se vive. E ele viveu, sempre com os pés no chão e o coração aberto para o mundo.
Hoje, ao olhar para trás, percebo o quanto ele influenciou a maneira como encaro as relações humanas. Manoel era um homem de valores sólidos, alguém em quem se podia confiar, que sempre estava lá para estender a mão. O tempo passa, as circunstâncias mudam, mas há pessoas que ficam na memória como referência, como exemplo. Manoel é uma dessas pessoas.
E, assim como ele me ensinou tanto, hoje vejo seu legado vivo em seu filho, Ivan Tarciso dos Santos, que comanda o Lions Clube LD2 com o mesmo espírito de dedicação e altruísmo. O fruto não cai longe da árvore, e Ivan segue os passos do pai com uma força de vontade admirável, sempre pronto a servir e a fazer o bem.
À família Santos, meu carinho e gratidão por essa amizade que atravessa gerações. E ao Manoel, fica minha eterna admiração. As lições que aprendi jamais serão esquecidas. Querido Manoel que Deus te dê muita saúde ao lado dos teus familiares!
Airton Engster dos Santos - Coordenador do Memorial de Estrela.
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