Leia Coluna do Airton Engster dos Santos no Jornal Nova Geração de Estrela

quarta-feira, 2 de junho de 2021

A Sra. Gerda Horn e Marco Horn visitaram o Memorial de Estrela





Estrela-RS - junho de 2021

Memorial de Estrela: Recebemos a visita de Gerda Horn e Marco Horn...Muitas histórias foram contadas pela gentil Sra. a partir das fotos do acervo...Gratidão...Voltem sempre..

Saiba Mais

Para o diretor do Memorial, Airton Engster dos Santos, é importante compreender que na vida diária se está produzindo uma memória sobre o tempo, grupo social e atividades em geral. “Esse é o primeiro passo para entendermos o nosso papel na história.” Uma das características do Memorial de Estrela é a variedade de objetos, que engloba livros, documentos, fotografias, filmes, músicas, artefatos e utensílios. "Mais do que isso, queremos com o espaço estimular a reflexão sobre a importância de preservar materiais que possam servir de testemunho para gerações futuras”, detalha.

O acervo do Memorial de Estrela é composto de objetos, documentos, fotos, filmes e livros doados por pessoas que estão realmente interessadas em preservar a história. O material impresso recebido, tanto imagens, livros, livretos, calendários, documentos entre outros, é digitalizado, e ferramentas e utensílios serão fotografados. Tudo será disponibilizado para consulta e pesquisa da comunidade. Objetos recebidos serão devidamente catalogados, e posteriormente serão utilizados em exposições internas. O material uma vez doado passa a ser de propriedade intransferível e inalienável do Memorial de Estrela. Os interessados em doar podem ligar para o telefone (051) 9.9520-6323 ou 3981-1089.

A história do prédio

Dr. Gabriel Schlatter

No início do século XX existia um grave problema de saúde pública no Rio Grande do Sul. Alta mortalidade das parturientes e dos recém-nascidos, por má instrução dos assistentes de partos. Percebendo as dificuldades, o Dr. Gabriel Schlatter criou em Estrela a primeira escola de parteiras do Estado, no prédio histórico construído em 1905. Ensinava seus conhecimentos com ajuda de um simulacro da pelve feminina por ele idealizado que chamava de “Phantom”, e de um esqueleto importado da França. No local, Schlatter formou dezenas de parteiras que se espalharam pelo Rio Grande do Sul, e tinham compromisso de difundir os conhecimentos adquiridos.

Gabriel Schlatter nasceu em Lahnbach, no Tirol Austríaco. Após o falecimento do pai, a família mudou-se para aldeia de Zams, a 80 km de Innsbruck. Quando chegou ao Brasil em março de 1898, tinha 33 anos e já era diplomado pela Associação dos Médicos Naturalistas da Alemanha. Registrou seu diploma na Diretoria Estadual de Higiene, obtendo licença para exercer sua profissão no RS. Veio inicialmente para Lajeado, depois Estrela, São Sebastião do Cai e depois Feliz, onde construiu um hospital. O Dr. Schlatter casou em 1899 com Anne Maria Meurer. Faleceu em outubro de 1947. Sua obra ficará indelevelmente gravada na medicina do RS, no século XX.

Outras atividades desenvolvidas no Castelinho: além de clínica, foi casa de moradia. Adquirido pelo município, funcionou no local a “Casa de Cultura Dr. Lauro Müller” e mais recentemente a Secretaria do Desenvolvimento Social, Trabalho e Habitação (Sedesth).

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