O verão não dá trégua para os gaúchos

O verão não dá trégua para os gaúchos. Depois da onda de calor de fevereiro, quando as temperaturas foram as mais altas em décadas em cidades como Porto Alegre e Uruguaiana, o Rio Grande do Sul voltou a conviver, nesta quarta-feira, com máximas muito próximas dos recordes históricos.

São Luiz Gonzaga, nas Missões, foi a cidade mais quente do dia no Estado, com 38°C. Em Uruguaiana, a temperatura chegou a 37,9°C. Em Alegrete, fez 37,3°C, e em Santa Maria, 37°C. Em Porto Alegre, a máxima oficial, medida na estação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) do Jardim Botânico, foi de 34,8°C, mas a estação da prefeitura na Zona Norte registrou 37,2°C, às 16h20min.

Segundo levantamento da Somar Meteorologia, baseado em dados do Inmet, a temperatura mais alta observada no RS no mês de março foi de 38,7°C, em 1968, em Alegrete e São Gabriel.

Numa tarde em que o sol predominou na maioria das regiões, houve chuva isolada (e em alguns momentos até forte) em Uruguaiana e outras partes na fronteira com o Uruguai, o que ajudou a amenizar um pouco o calor na região — em Uruguaiana, a temperatura caiu 5,7°C em apenas uma hora. No final da tarde, também havia muitas nuvens nos arredores de Bagé, Chuí e Santa Vitória do Palmar, que podem trazer chuva, mas também provocar temporais em função do calor.

Para a quinta-feira, a previsão é de mais um dia muito quente, com as temperaturas se aproximando outra vez dos 38°C. No entanto, o bloqueio atmosférico que impede o avanço das frentes frias em direção ao Estado começa a se enfraquecer. Há possibilidade de chuvas isoladas no Sul, ao longo da fronteira com o Uruguai. Também devem se repetir os nevoeiros que durante parte da manhã chegaram a fechar o aeroporto Salgado Filho para pousos e só permitir as decolagens com instrumentos.