Leia Coluna do Airton Engster dos Santos no Jornal Nova Geração de Estrela
sexta-feira, 20 de setembro de 2024
quinta-feira, 19 de setembro de 2024
Déo Moraes e o Velho Violão no Memorial de Estrela
O velho violão de madeira repousava em silêncio no Memorial de Estrela. Um instrumento que outrora acompanhara vozes e melodias em momentos de pura alegria. Suas cordas, há muito tempo imóveis, pareciam sussurrar saudades de mãos habilidosas, de um artista que pudesse lhe devolver a vida. E foi quando Déo, músico querido de Estrela, entrou naquele espaço com o coração cheio de amor pela música e pelos Beatles.
Ao avistar o Del Vécchio, algo pareceu acontecer. Era como se uma conexão imediata fosse estabelecida entre o artista e o violão, ambos entendendo, sem palavras, que aquele momento era especial. Com delicadeza, Déo tomou o instrumento em suas mãos, analisando suas marcas do tempo, sua estrutura desgastada, e soube que o velho companheiro merecia mais do que o silêncio.
Foi então que, com maestria e dedicação, Déo iniciou a restauração. Cada fio, cada peça recolocada no lugar, era um gesto de amor. E, aos poucos, o violão renascia, com a promessa de fazer vibrar novamente o som que tanto significava para quem o ouvia.
Quando chegou o momento de tocar, o silêncio do Memorial foi substituído pelo som suave das cordas. Déo dedilhou a melodia com uma precisão quase divina, e as notas flutuaram pelo ambiente como se sempre tivessem estado ali, apenas esperando para serem libertadas. As primeiras canções que ele escolheu foram como um tributo – uma homenagem não só aos Beatles, mas também à memória de todos os artistas que um dia fizeram o Del Vécchio cantar.
As notas ecoaram, e as lágrimas brotaram nos olhos de muitos presentes. Era uma celebração da vida, da arte e da persistência das histórias que jamais devem ser esquecidas. O velho violão, que antes chorava de saudade, agora sorria novamente, nas mãos de um artista que compreendia sua alma.
E ali, entre as paredes do Memorial de Estrela, o tempo parou. Déo e o violão, juntos, emocionaram a todos, mostrando que a música tem o poder de restaurar não apenas instrumentos, mas também corações.
Airton Engster dos Santos - Coordenador do Memorial de Estrela.
CTG Raça Gaudéria de Estrela - morada da cultura, um refúgio da tradição gaúcha
Há um lugar em que as tradições nunca perdem o ritmo: o CTG Raça Gaudéria, fundado em 1990. Os mais velhos contam histórias e ecoam o som da gaita, enquanto os pés calejados seguem o compasso da tradição. Ali, o passado e o presente se encontram em um abraço forte e caloroso, como o mate amargo partilhado ao redor do fogo.
Os fandangos iluminam as noites, trazendo gente de todas as querências. Homens e mulheres, vestidos com suas bombachas e saias rodadas, rodopiam no salão como se o tempo não importasse, apenas o prazer de ser gaúcho. E, para quem ainda não aprendeu a dança, há o curso de danças que ensina o compasso da música e o respeito pelos antepassados. O salão vira uma verdadeira escola, onde cada passo é uma reverência à cultura do Sul.
Nas cavalgadas, o campo vira cenário e o horizonte, um destino distante, mas sempre à vista. Cavalos e cavaleiros, lado a lado, cruzam o pampa, sentindo a brisa no rosto, o cheiro de terra molhada e o som dos cascos no chão. A tradição corre solta, como o gado em campo aberto. No final da jornada, o jantar campeiro aquece o corpo e a alma, com o gosto inconfundível de uma comida feita com esmero e paixão.
Mas o verdadeiro tesouro do CTG Raça Gaudéria está na invernada artística. Ali, jovens ensaiam com dedicação, suas roupas coloridas e movimentos precisos emocionam o público em cada apresentação. Quando sobem ao palco, carregam nos ombros o orgulho de suas raízes e nos pés a leveza de quem aprendeu a dançar com o coração. Seus olhos brilham ao som das músicas que falam de saudade, de terra, de povo. Não há quem não se arrepie ao ver aqueles meninos e meninas transformando cada apresentação em um espetáculo de pura arte gaúcha.
O CTG Raça Gaudéria é uma morada da cultura, um refúgio da tradição e, acima de tudo, um ponto de encontro entre o ontem e o hoje, onde cada fandango, cada cavalgada, cada ensaio da invernada mantém viva a chama de ser gaúcho. Aqui, o tempo pode passar, mas a alma gaudéria, essa, nunca se apaga. Airton Engster dos Santos - Coordenador do Memorial de Estrela
sábado, 14 de setembro de 2024
Campeões do Amador de Estrela - Vale do Taquari - Rio Grande do Sul
Lista de campeões do Amador de Estrela
1968:
Campeão: Tamoio
Vice: desconhecido
1978:
Campeão: Tupi-Ano Bom
Vice: desconhecido
1979:
Campeão: Gaúcho de Teutônia
Vice: desconhecido
1980:
Campeão: Esperança da Languiru
Vice: desconhecido
1981:
Campeão: Gaúcho de Teutônia
Vice: desconhecido
1982:
Campeão: Flamengo
Vice: desconhecido
1983:
Campeão: Atlântico
Vice: desconhecido
1985:
Campeão: Rui Barbosa de Corvo
Vice-Campeão: Juventude da Berlim
1986:
Campeão: Atlântico de Costão
Vice-Campeão: Sociedade Esportiva União
1987:
Campeão: Brasil da São José
Vice-Campeão: EC Arroio da Seca
1988:
Campeão: Brasil da São José
Vice: Sociedade Esportiva União
1989:
Campeão: Geraldens
Vice-Campeão: Sociedade Esportiva União
1990:
Campeão: Geraldense
Vice-Campeão: Rui Barbosa de Corvo
1991:
Campeão: Brasil da São José
Vice-Campeão: Geraldense
1992:
Campeão: Brasil da São José
Vice-Campeão: Tamoio da Linha Wolf
1993:
Campeão: Sociedade Esportiva União
Vice-Campeão: Atlântico de Costão
1994:
Campeão: Sociedade Esportiva União
Vice-Campeão: Brasil da São José
1995:
Campeão: Juventude da Glória
Vice-Campeão: AEMBI bairro das Indústrias
1996:
Campeão: Atlântico de Costã
Vice-Campeão: Juventude do Distrito de Glória
1997:
Campeão: Alto da Bronze
Vice-Campeão: Brasil da São José
1998:
Campeão: Atlântico de Costão
Vice-Campeão: Alto da Bronze
1999:
Campeão: Geraldense
Vice-Campeão: Atlântico de Costão
2000:
Campeão: Atlântico de Costão
Vice-Campeão: Independente de Porongos
2001:
Campeão: Independente de Porongos
Vice-Campeão: Atlântico de Costão
2002:
Campeão: SER Aimoré
Vice-Campeão: Delfinense
2003:
Campeão: AEMBI – bairro das Indústrias
Vice-Campeão: Aimoré da Delfina
2004:
Campeão: Sociedade Esportiva União
Vice-Campeão: Arroio do Ouro
2005:
Campeão: Sociedade Esportiva União
Vice-Campeão: Alto da Bronze
2006:
Campeão: Sociedade Esportiva União
Vice-Campeão: SER Aimoré
2009
Campeão: Alto da Bronze
Vice: Delfinense
2010:
Capeão: Atlântico de Costão
Vice: Independente
2011:
Campeão: SER Aimoré
Vice: Arroio do Ouro
2012:
Campeão: Alto da Bronze
Vice: Novo Paraíso
2022:
Campeão: Atlético Estrelense
Vice-Campeão: SER Aimoré
2023:
Campeão: SER Aimoré
Vice-Campeão: Atlético Estrelense
2024:
Campeão: Sociedade Esportiva União
Vice-Campeão: Delfinense
1 – Nem todos foram realizados pela mesma entidade
2 – Nas edições falhas não houve campeonato
Colaboração Grupo Popular e Memorial de Estrela
Pesquisa: Rodrigo Angeli - Dido
sexta-feira, 13 de setembro de 2024
quinta-feira, 12 de setembro de 2024
Homenagem à professora Nelma Eronita Fritsch
12 de setembro de 2024
A vida, por vezes, nos surpreende com a sua delicada forma de entrelaçar histórias. Algumas delas são eternas, marcadas pela luz de quem, em cada ato, distribuiu amor, sabedoria e generosidade. Hoje, o Memorial Werner Schinke de Estrela se silencia em respeito e homenagem à professora Nelma Eronita Fritsch, cuja partida enche corações de saudade.
Dona Nelma foi uma educadora e um símbolo de dedicação ao próximo, de uma vida entrelaçada à missão de formar, orientar e, acima de tudo, cuidar. Como sócia fundadora do Centro de Apoio a Pesquisas e Encontros de Famílias, ela soube, como poucos, preservar a essência das raízes, cultivar laços, unir histórias e promover o encontro de gerações.
Em seu mais recente encontro no Memorial, foi homenageada por sua trajetória na educação, e o momento ficou gravado nas fotos e discursos, mas também no coração de todos que ali estavam. Dona Nelma com seu sorriso sereno e palavras sempre gentis, iluminava o ambiente. Ela emanava uma calma que acalentava, uma força que inspirava, uma sabedoria que apenas o tempo e o verdadeiro amor ao próximo podem oferecer.
A educação, para Dona Nelma, era uma ferramenta de transformação, uma maneira de tocar vidas e moldar futuros. Seu legado é incalculável, e sua ausência será sentida por todos que tiveram o privilégio de cruzar seu caminho.
Ao nos despedirmos desta grande mulher, fica a gratidão imensa. Dona Nelma viveu plenamente, fez do amor ao próximo sua filosofia de vida e da educação, sua arma para mudar o mundo, uma alma cujos ecos jamais se apagarão.
Que descanse em paz, Dona Nelma, sabendo que suas sementes brotam fortes e vigorosas nas vidas que tocou. Airton Engster dos Santos - Coordenador do Memorial de Estrela.
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