No Dia do Índio (19 de abril) a nossa homenagem aos integrantes da aldeia "Morada do Coqueiro - Jeito de Viver Kaigang" localizada em Estrela, na BR 386.
Com o reconhecimento da Terra Indígena Kaingang Linha Glória pela FUNAI, em 2002, o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria de Educação, foi responsável pela gestão da construção da escola indígena às margens da BR 386, e sua posterior autorização de funcionamento e denominou o referido estabelecimento de ensino como Escola Indígena Manoel Soares.
A Terra Indígena apresenta famílias, que sobrevivem da venda de artesanato, das doações que recebem do poder público, de pequenas hortas cultivadas por algumas famílias e da prestação de serviços para produtores rurais.
É importante salientar que este número de famílias é variável, devido à tradicional mobilidade que estes grupos mantêm de se deslocarem pelo grande território, indo e vindo de outros aldeamentos indígenas, como o de Nonoai, por exemplo, de onde provém um grande número de famílias residentes neste local.
Atualmente, a aldeia segue lutando por sua cultura e pela efetivação de seus direitos, garantidos pela Constituição Federal de 1988. A terra é vista como de todos pertencente à comunidade. Não se separa terra indígena em pedaços. Ela é do povo Kaigang e não da pessoa ou família.
Para conhecer e resgatar a formação étnica do Vale do Taquari é preciso começar pela civilização indígena. Os primeiros habitantes do Brasil, tem raízes na região. Aqui viveram e deixaram suas marcas, como a denominação do rio que banha diversos municípios do Vale. Taquari vem da palavra tupi-guarani Tibiquari, que significa rio das taquaras ou do barranco fundo.
Eles contaram as primeiras histórias do céu, da lua e do mar. Viram na natureza o dom da vida e a importância de tudo preservar. Parabéns neste 19 de abril.
Fotos do Livro: Morada do Coqueiro - Jeito de Viver Kaigang - organizadores (Kassiane Schwingel, Luis Fernando da Silva Laroque e Maria Ione Pilger).
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