Leia Coluna do Airton Engster dos Santos no Jornal Nova Geração de Estrela

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Rede de Saúde Divina Providência Assumiu Hospital Estrela

Solenidade na manhã desta quarta-feira (14.11.2018), marcou a assinatura do contrato que repassa a administração do Hospital de Estrela para a Rede de Saúde Divina Providência. Na presença de representantes da atual gestão, as Irmãs Franciscanas, Congregação Divina Providência e autoridades, o ato desenvolveu-se na auditório da casa de saúde, em Estrela.

Depois de 21 anos dirigindo o hospital, a irmã Terezia Steffen explica os motivos pelos quais as Irmãs Franciscanas resolveram repassar a gestão. “Este era o único hospital que a nossa congregação ainda administrava. Temos que administrar sozinhas, adquirir equipamentos e fazer compras básicas sozinhas, o que torna tudo mais caro. Também vivemos um tempo difícil, sofrendo com a falta de repasses de recursos dos governos Estadual e Federal. Cabe ressaltar que essa decisão não foi minha, mas do grupo de Irmãs que conduz as ações da congregação Franciscana”, ressalta.

A religiosa antecipa que ficará na no hospital até o fim do ano, e sem dar detalhes, afirma que assumirá uma “nova missão”. “As Irmãs Franciscanas caracterizam-se por estar em qualquer lugar do mundo onde há a necessidade da nossa presença. Vou ficar aqui até o fim do ano. Depois vou assumir outra tarefa, fora do Vale do Taquari, mas não vou sair do Rio Grande do Sul”, informa.

No lugar da irmã Franciscana, a gestão do Hospital Estrela será entregue ao Diretor de Operações em Saúde da Congregação Divina Providência, Clóvis Soares. “Comando toda a rede de hospitais que a rede administra e, consequentemente, irei dirigir o Hospital Estrela também. Mas já temos a ideia de uma equipe administrativa que trabalhará em conjunto. Também vamos fazer uma análise do atual quadro gestor. Entraremos até o fim de dezembro em um período de transição de gestão e assumiremos integralmente no dia 1º de janeiro de 2019”, esclarece Soares.

Sem antecipar possíveis mudanças, o gestor sublinha que o hospital passará a integrar um rede de saúde, o que poderá refletir na eficiência do serviço prestado. “O Hospital Estrela integrará uma rede formada por outras quatro casas de saúde. Isso deve melhorar as condições de investimento, adquirir insumos e equipamentos”, pondera.
Rede Divina Providência

Fundada em 1956 pelas Irmãs da Divina Providência da Igreja Católica, a rede congrega quatro hospitais (Divina Providência e Independência em Porto Alegre, e dois no Vale do Taquari: São José de Arroio do Meio e Santa Isabel de Progresso), além de inúmeros programas e projetos de assistência social em saúde. A Rede, com mais de dois mil funcionários e 2,4 mil médicos credenciados, realiza, ao ano, em torno de 21 mil cirurgias, 160 mil atendimentos ambulatoriais e 99 mil exames.
Hospital Estrela

O Hospital Estrela foi fundado em 1929, pelas Irmãs Franciscanas. A casa de saúde destaca-se nos serviços de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulta e Neonatal, clínica médica, cirúrgica, pediatria, obstétrica, saúde mental e Pronto Socorro 24 horas.

Fonte: RI - Lajeado-RS

A Construção do Hospital Estrela

Para ter-se uma ideia da necessidade urgente de um hospital em Estrela, uma crônica na Poliantéia Comemorativa da Chegada das Irmãs Franciscanas no RS - 1872-1947, conta que uma menina atacada de apendicite teve de ser operada na lavanderia do Colégio Santo Antônio. Depois de operada, três irmãs transportaram a paciente em padiola para casa. Pessoas vindas do interior eram tratadas em hotel.

Há muito o povo estrelense, juntamente com os Padres Jesuítas da paróquia tinham se dirigido a superioras das Franciscanas, pedindo irmãs para um hospital. O Pe. Hilleshein, sucessor dos Jesuítas, renovou o pedido.

Formou-se então uma comissão de pessoas representativas da Vila que, com grande interesse, se dedicaram à realização do plano. Doaram um terreno, situado em lugar aprazível. Também o Governo Municipal auxiliou generosamente essa obra importantíssima.

Grande foi o contentamento do povo, quando viu coroados seus esforços e elevar-se a construção tão sonhada, que ficou concluída em 1929. O novo hospital correspondia às exigências da higiene. Em fevereiro vieram as primeiras irmãs, destinadas a formar uma nova comunidade, sendo que nos primeiros meses moraram no Colégio Santo Antônio.

No dia 12 de abril, pela primeira vez, celebrou-se o grande mistério do Sacrifício da Cruz na capelinha.

Com que prazer os habitantes da Vila e arredores se prepararam para festa de inauguração que se realizou num domingo ensolarado de 14 de abril de 1929. Todos de alguma forma tinham colaborado com suas posses, como diziam com justo orgulho, “O Nosso Hospital”.

Concluída a Santa Missa, o povo em massa, dirigiu-se jubiloso para o hospital. Depois de abertas as portas, tiveram o prazer de admirar as instalações.

Uma quermesse organizada no mesmo lugar produziu ainda bom lucro em benefício da nova casa de caridade.

O número de doentes que procuram alívio neste estabelecimento aumenta de ano a ano. Acusava a crônica inicialmente, um movimento de 400 a 500 doentes por ano, número que em 1947 se elevou a 1.000.

Fonte: Memorial da Aepan-ONG

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