Leia Coluna do Airton Engster dos Santos no Jornal Nova Geração de Estrela

domingo, 26 de julho de 2020

NOTA DE PROTESTO AO GOVERNADOR EDUARDO LEITE, POR OFENSAS À PRESIDENTE DA FEDERASUL, SIMONE LEITE


NOTA DE PROTESTO AO GOVERNADOR EDUARDO LEITE, POR OFENSAS À PRESIDENTE DA FEDERASUL, SIMONE LEITE

A Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari, filiada à FEDERASUL, congrega 20 entidades, com 3.200 empresas associadas, na maioria de micro, pequeno e médio portes, dos municípios de Anta Gorda, Arroio do Meio, Arvorezinha, Bom Retiro do Sul, Cruzeiro do Sul, Encantado, Estrela, Forquetinha, Ilópolis, Lajeado, Marques de Souza, Nova Brescia, Roca Sales, Santa Clara do Sul, Taquari, Teutônia e Venâncio Aires.

Vimos a público manifestar nosso repúdio à forma deselegante e ofensiva com que o Governador se dirigiu à Presidente da FEDERASUL ao responder pergunta de Simone Leite sobre a competitividade do Estado, diante da sua recente proposta de Reforma Tributária, no Seminário da Competitividade, ontem, 24/07/2020.

O Governador, ao invés de esclarecer pontos que afligem ao empresariado e ao povo gaúcho em geral, diante da deterioração crescente do Rio Grande, justamente à Presidente de entidade que representa boa parte desta parcela, a desrespeitou, classificando-a de ignorante para baixo. Por certo por não ter respostas convincentes e para encobrir a falácia que é sua proposta de Reforma Tributária, inoportuna neste momento e desprovida de mecanismos desenvolvimentistas. Na realidade, um arremedo que encobre a intenção de aumentar a já insuportável carga tributária.

E justamente para a Simone Leite que, além de profunda conhecedora do tema, estava respaldada por subsídios do quadro técnico da FEDERASUL e por estudos de regionais da entidade, feitos por pessoas altamente qualificadas. Análises estas que Simone pedira para auxiliar o Executivo Estadual na construção de uma proposta boa para todos, a ser encaminhada à Assembleia Legislativa.

O Governador comprovou que, quando não se tem capacidade técnica se parte para a agressão pessoal, pensando assim desviar a atenção da sua incompetência. Aliás, não é a primeira vez que o faz. Recentemente ofendeu primariamente a jornalista Roberta Coltro, do Programa Atualidades Pampa, da TV Pampa, acrescentando, aí, sua postura totalitária, desrespeitando e não esclarecendo pessoa que têm obrigação de bem informar a população.

Nosso apoio integral e incondicional à incansável líder classista Simone Leite. Sempre abriu a Federasul ao Governador, apoiando-o quando já não tinha apoio. Como na continuidade, por um ano, do 1% a mais no ICMS, acreditando que, assim, permitiria a ele construir propostas para um Rio Grande melhor. Inclusive, mesmo que relutando por penalizar o já judiado funcionalismo do Executivo estadual, Simone também foi condescendente com a continuidade do parcelamento de salários, por um curto período. Aliás, atitudes estas que mostram como o Governador, até aqui, rasgou seu discurso de campanha, com o não cumprimento de promessas basilares para vencer seus oponentes na última eleição.

Ivandro Carlos Rosa - Presidente

Fotos: Da imaginação para o mundo real - escritora Voní Loposzinski































Estrela-RS - julho de 2020
Fotos: Airton Engster dos Santos
Texto: Ana Caroline Kautzmann

Dia do Escritor | Da imaginação para o mundo real

Dos momentos mais marcantes como escritora, Voní Loposzinski, de 75 anos, que reside no Bairro Alto da Bronze, em Estrela, destaca o dia em que ministrou uma palestra no Distrito de Delfina e recebeu, de uma estudante, uma boneca de pano. Ali, ela viu a imaginação se tornando realidade. A boneca Bela é citada na trilogia de livros Supremos Momentos e até hoje é mantida no quarto da escritora, como uma das melhores lembranças da carreira.

Voní começou cedo a se interessar pela escrita. Se recorda que, quando criança, os livros eram emprestados pelo vizinho. “Nossa mãe sentava, à luz de uma lamparina, e lia. Sempre gostei de ler e isso me auxiliou. Eu costumava tirar o primeiro lugar em ditados e redações na escola”, conta.

Na escrita, o primeiro gênero literário adotado foi a poesia. “As minhas colegas me diziam que queriam a poesia de tal forma, eu sentava e fazia, mas avisava: eu faço as poesias, mas se os namorados de vocês se apaixonarem por mim eu não tenho culpa”, recordou, em meio a risos.

Voní escreveu o primeiro livro sobre poesias e, depois daquele, mais sete vieram. “O primeiro foi simples, com 98 páginas, lançado há cerca de 25 anos. Sempre tive muitas pessoas que me ajudaram, sou muito grata”, conta. Profissionalmente, também era proprietária de um escritório de contabilidade no município e dividia o tempo entre as contas e o teclar na máquina de escrever.

Herança do pai
Depois da poesia, Voní migrou para outros gêneros, inclusive, se aprofundou na herança familiar para lançar algumas obras. “Meu pai nasceu na Polônia. Eu não conhecia o país quando escrevi o primeiro livro, idealizei a história. Em 1994 fui para a Polônia e fiquei dois meses na casa do meu tio. Isso foi uma conquista muito valiosa, não falava a língua, nos comunicávamos apenas por gestos e conto isso no outro livro.” Indo atrás das raízes da família, utilizando imagens do país para ilustrar, consultando documentos e traduzindo cartas do pai, foram surgindo as outras edições.

Destaques da carreira

Nos 25 anos como escritora, Voní já palestrou em muitos lugares, principalmente em escolas, momentos de que guarda muitas lembranças. “É muito emocionante o carinho das pessoas. Em uma palestra, em Teutônia, um aluninho me abordou e disse: “olha tia, a professora dizia que a gente tinha que ler tal e tal livro. A gente lia, mas não gostava. Quando peguei esse Arco-Íris Polonês eu não parei mais, a senhora pode escrever quantos livros quiser que vou ler todos. Nunca me esqueço disso”, conta. Recorda ainda que quando o papa João Paulo II veio para o Brasil, ela entregou um de seus livros. “Eles estavam levando um avião cheio de presentes. Depois o Vaticano me respondeu, com uma bênção especial. Isso me orgulha muito.” Recentemente, ela foi convidada a enviar livros para a Biblioteca Pública Nacional da Polônia. “Não enviei ainda porque os Correios cobram R$ 1,5 mil”, conta.

Falta de apoio

O último livro que Voní lançou foi em 2014. Isso porque, segundo ela, falta apoio financeiro para viabilizar uma nova obra. “A lei auxilia se o livro for aprovado, mas é necessário que uma empresa financie 25% e até hoje não consegui, nem em Estrela, nem em outros municípios. Também precisamos de incentivo. Não sei se é o fim da literatura para mim, mas tenho um novo livro todo na cabeça.” Voní se refere ao Pró-Cultura RS, que dá benefício fiscal para empresa patrocinadora.

Fotos - Dia do Motorista - Socorrista do Samu Alexsandro Chapuis









Estrela-RS - julho de 2020
Fotos: Airton Engster dos Santos
Texto: Ana Caroline Kautzmann

DIA DO MOTORISTA - “Cada segundo conta”, afirma o condutor socorrista da unidade do Samu em Estrela, Alexsandro Chapuis, de 37 anos. Ele atua há cerca de um ano no serviço, mas também trabalha como motorista na CCR e nos Bombeiros Voluntários de Imigrante e Colinas (Imicol). “Eu já trabalhava como bombeiro voluntário e tinha vontade de trabalhar na parte de socorro. Fiz cursos e comecei a atuar como socorrista, primeiro no Samu de Teutônia e depois aqui”, destaca.

Atualmente, Chapuis cumpre 12 horas de escala no Samu e folga 36 horas. Na folga, atua na CCR e no fim de semana é voluntário no Imicol. “Eu sempre gostei desta parte. Quando jogava futebol já auxiliava quando alguém sofria uma fratura. Quando fiz o curso, isso me incentivou ainda mais”, revela. “A parte mais agradável da profissão é chegar no hospital e ver que a pessoa chegou bem. Nós sempre prezamos pelo bom atendimento, humanizado, mantendo o paciente calmo e atendendo como se fosse um parente nosso. A maior gratidão é ver o familiar com o olhar de alegria do paciente estar bem. Não é questão de receber algo de alguém, mas às vezes um muito obrigado faz toda diferença.”

Fotos: Dia do Colono na propriedade de Lúcia e Ilson Marx













Estrela-RS - julho de 2020
Fotos: Airton Engster dos Santos
Texto: Ana Caroline Kautzmann

Dia do Colono | Plantando, colhendo
e dividindo alegrias

ESTRELA – Lúcia e Ilson Marx, de 71 e 72 anos, tiveram muitas dificuldades na vida. Na última semana, eles completaram 48 anos de casados com muito para comemorar e agradecer. As dificuldades enfrentadas, principalmente em relação à produção no campo e na saúde, fizeram com que crescessem e aprendessem a valorizar as pequenas felicidades da vida. Para eles, o importante é ter esperança.

Quando se conheceram em uma matinê, Lúcia tinha 14 anos e Ilson 15. Eram “crianças”, como diziam seus pais. Casaram cerca de nove anos depois e foram morar em Arroio do Meio, onde tiveram os três filhos: Normélio, Marcelo e Rosângela. Trabalhavam como produtores rurais, mas por gostarem muito de Estrela, em 1983 venderam as terras e outros pertences para comprar um terreno no Distrito de Novo Paraíso, onde residem até hoje.