Leia Coluna do Airton Engster dos Santos no Jornal Nova Geração de Estrela

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Rainha das Praias do Rio Taquari no Rio Grande do Sul









Em meados do século passado, o Rio Taquari era mais que um simples curso d’água: era cenário de lazer, convivência e histórias marcantes. Destacava-se a Praia de Cascalhos, em Estrela, onde as águas cristalinas convidavam famílias, amigos e vizinhos a passarem tardes de verão refrescantes. A praia, hoje desaparecida pelas águas represadas da Barragem de Bom Retiro do Sul, era um ponto para banhos – era palco de memórias e sonhos.

Entre 1968 e 1975, o Vale do Taquari vibrava com um evento peculiar e charmoso: o concurso Rainha das Praias do Taquari. Era como se, por algumas tardes, as águas do rio parassem para admirar a beleza e a elegância das jovens que d

esfilavam em suas margens. Na Praia de Cascalhos em Estrela, o concurso não só celebrava a beleza feminina, mas também a união de comunidades ribeirinhas, que se reuniam para aplaudir suas representantes com entusiasmo e orgulho.

Lembro-me de ouvir histórias de como era uma verdadeira festa. As margens enchiam-se de famílias em piqueniques, crianças correndo descalças, enquanto os jovens sonhavam com a vitória de suas candidatas. O cheiro de churrasco misturava-se com o frescor das águas, e o céu parecia mais azul. Ganhava a coroa, claro, a moça que melhor representava o espírito do Vale, mas, no fundo, todos eram vencedores, porque compartilhavam daquele momento único de confraternização.

A Praia de Cascalhos pode ter desaparecido fisicamente, mas seu legado vive nas lembranças de quem teve o privilégio de mergulhar em suas águas e nas histórias passadas de geração em geração. Quem sabe, em algum recanto do Vale, nas margens de um rio que ainda resiste, essas lembranças se façam presentes, como ondas suaves que o tempo não consegue apagar. Airton Engster dos Santos - Coordenador do Memorial de Estrela.

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Alunos do Colégio Martin Luther visitam o Memorial de Estrela

Ex-Alunas do Colégio Martin Luther visitam o Memorial de Estrela

Ex-alunas do Colégio Martin Luther no Memorial de Estrela




Estrela-RS setembro de 2024.

As portas do Memorial Werner Schinke se abrem para uma exposição que vai além da celebração dos 120 anos do Colégio Martin Luther. É como se cada objeto, carregasse em si um pedaço da história do educandário e das vidas que ele tocou ao longo das décadas. Para quem passou por aqueles corredores, especialmente as ex-alunas internas, visitar a mostra é revisitar uma parte essencial de sua própria história, cheia de lembranças e emoções que jamais se apagaram.

Na roda de conversa que reuniu Lígia, Roseli, Clarice, Rejane e Elaine, antigas alunas internas, as memórias voltaram com força. O riso e as lágrimas se entrelaçaram enquanto cada uma relembrava as travessuras e desafios enfrentados nos anos de colégio. Os relatos, carregados de saudade, eram como capítulos de um livro compartilhado, onde cada uma contribuía com uma história, uma lembrança que aquecia o coração de todas. Ali, eram senhoras relembrando o passado, mas também meninas que, por um instante, voltavam a viver os sonhos e as esperanças de uma juventude que as uniu para sempre.

Mas o legado do Colégio Martin Luther não se encerra nas lembranças. Cada uma dessas mulheres levou consigo, ao deixar o colégio, o conhecimento adquirido, os valores e a força de vontade que as impulsionaram a contribuir de forma significativa para suas comunidades. A exposição no memorial é, assim, uma celebração da história da instituição e do impacto duradouro que ela teve e continua a ter na vida de seus ex-alunos, que, como raízes firmes, continuam a nutrir e a florescer em diversos cantos da sociedade. Airton Engster dos Santos - Coordenador do Memorial de Estrela - Fotos de Vinícius Knecht.


Alunos do Martin Luther no Memorial Werner Schinke de Estrela






Estrela-RS, Setembro de 2024.

Numa manhã luminosa do mês de setembro, o Memorial Werner Schinke abriu suas portas para os alunos do oitavo ano do Colégio Martin Luther, revelando um portal do tempo onde 120 anos de história do educandário se desenrolavam em exposição nolocal. 

Sob a orientação atenta da professora Luciani Fantinel Egewarth, os jovens cruzaram a linha tênue entre o presente e o passado, mergulhando nas memórias que ali repousavam. Havia algo mágico na forma como eles caminhavam entre os corredores, como se os ecos das vozes antigas dos estudantes que passaram pelo colégio os convidassem a se sentar e escutar.

Cada peça da exposição tinha uma história para contar, e os olhares curiosos dos alunos capturavam com entusiasmo os detalhes. Fotos e vídeos eram registrados quase como que para garantir que, de alguma forma, pudessem prolongar a permanência naquele espaço de aprendizado. 

Os olhos atentos desvendavam segredos e as mentes curiosas não deixavam escapar nenhum fragmento do passado. O colégio, cuja existência parecia desfiada pelos anos, pulsava ali em meio aos relatos e objetos que testemunharam o crescimento de gerações.

Ao final da visita, o conhecimento adquirido não se ao que as mãos podiam tocar ou os olhos podiam ver. Era algo mais profundo, uma compreensão de que a história de um educandário é feita de datas e eventos, mas também de vidas, sonhos e o desejo incessante de aprender.

E assim, aquele grupo de jovens, educados e inteligentes, saiu do memorial com mais do que fotos em seus celulares: carregavam consigo a certeza de que o passado vive em cada um, influenciando o que eles se tornarão no futuro. Airton Engster dos Santos - Coordenador do Memorial de Estrela - Fotos Vinícius Knecht.

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Mostra Pedagógica na Escola Estadual de Ensino Médio Estrela 2024

Mostra Pedagógica na Escola Estadual de Ensino Médio Estrela 2024











A Mostra Pedagógica na Escola Estadual de Ensino Médio Estrela foi um verdadeiro espetáculo de criatividade e empenho juvenil. A escola se transformou em um espaço vibrante, onde o conhecimento ganhou cores, formas e vozes.

Os alunos mostraram com orgulho seus projetos, cada um mais intrigante que o outro. Havia desde experimentos científicos até análises literárias, passando por reflexões filosóficas e propostas inovadoras para questões sociais. Era visível o brilho nos olhos de cada jovem, aquele brilho que só aparece quando se descobre a alegria de aprender.

A professora Sirlei Diehl Lohmann, sempre atenta e inspiradora, acompanhava tudo com um sorriso discreto, mas pleno de satisfação. Ela sabia que o verdadeiro aprendizado vai muito além dos livros e das provas. É quando os alunos têm a chance de ouvir uns aos outros, debater ideias e construir algo juntos que o conhecimento realmente floresce.

Sirlei enxergava nos trabalhos apresentados o resultado de um processo muito mais profundo: a formação de jovens críticos, capazes de questionar, propor e transformar. Ela sabia que aqueles momentos de troca e colaboração seriam levados para a vida toda.

Ao final da Mostra, ficou no ar uma sensação de missão cumprida pelos trabalhos expostos e pelo que eles representavam. Ali, entre maquetes, cartazes e experimentos, a Escola Estadual de Ensino Médio Estrela brilhou como nunca, iluminando o presente e, sobretudo, o futuro daqueles adolescentes. Cada projeto era uma pequena faísca de um fogo maior, o fogo do conhecimento que, alimentado pela troca e pelo diálogo, jamais se apagará.