Leia Coluna do Airton Engster dos Santos no Jornal Nova Geração de Estrela

segunda-feira, 27 de maio de 2024

Enchente do Rio Taquari em maio de 2024 - A Sinfonia da Solidariedade na Antiga Polar de Estrela!






A Sinfonia da Solidariedade na Antiga Polar de Estrela! Crônica do Airton 22

O silêncio do prédio da antiga Cervejaria Polar, em Estrela, é rompido pela sinfonia da solidariedade. O eco das vozes de crianças e adolescentes se mistura ao som das rodas dos caminhões e ao arrastar das caixas pelo chão. O cheiro de umidade ainda paira no ar, resquício da enchente que submergiu o município nas águas turbulentas do Rio Taquari. A tragédia deixa uma cicatriz profunda, mas também acende uma chama de esperança e compaixão.

O Centro de Distribuição, montado às pressas no prédio histórico, torna-se um núcleo de atividades frenéticas. Caminhões carregados com donativos chegam incessantemente, trazendo consigo mantimentos e uma promessa de solidariedade de desconhecidos. Dentro, o ambiente é uma mistura de organização e caos controlado, onde a desordem inicial logo se transforma em ordem graças à dedicação de servidores e voluntários.

Entre esses voluntários, destacam-se os alunos da Escola Estadual Vidal de Negreiros. Rostos jovens, ainda marcados pela ingenuidade e pela esperança, se debruçam sobre pilhas de alimentos, roupas e produtos de higiene. Guiados por seus professores e pela direção da escola, eles se movem com um propósito firme, seus corações aquecidos pela missão de ajudar aqueles que, muitas vezes, são seus próprios vizinhos, amigos e familiares.

Uma aluna do primeiro ano, não consegue esconder a emoção enquanto dobra cuidadosamente uma camiseta que será entregue a uma família desabrigada. Seus olhos brilham pelas lágrimas que ela tenta conter e pelo senso de realização que sente. Ao seu lado, outro aluno, do terceiro ano, embala pacotes com uma destreza que só quem compreende a urgência da fome poderia ter. Cada cesta montada é uma mensagem silenciosa de esperança e de que ninguém está sozinho.

Os professores, com a paciência e a sabedoria que só a experiência traz, coordenam os esforços, assegurando que nada seja desperdiçado e que cada item chegue às mãos certas. A diretora, dona Fabiane Becker, circula entre os alunos, sua presença uma constante lembrança de que a liderança verdadeira se faz na linha de frente, com empatia e ação. A vice-diretora Mônica Juliana Petter Leal Ramos se empenha para tudo ocorrer da melhor forma possível.

Além dos esforços da Escola Estadual Vidal de Negreiros, a ajuda se multiplica com a colaboração de outras escolas. Estudantes e professores de instituições de ensino se unem à causa, trazendo também um reforço significativo na força de trabalho. A Escola de Ensino Médio Estrela envia seus próprios voluntários, ampliando a corrente de solidariedade e fortalecendo os laços entre as comunidades. Cada grupo que chega adiciona mais mãos e corações à missão, transformando o Centro de Distribuição em um verdadeiro símbolo de união e esperança.

Os dias se transformam em semanas, e o Centro de Distribuição continua a pulsar com a energia da solidariedade. Cada cesta entregue é um ato de amor, um gesto que diz "estamos aqui". Estrela, ferida pela enchente, encontra nos pequenos gestos de sua comunidade a força para se reerguer.

A antiga Cervejaria Polar, testemunha silenciosa de tantos momentos na história do município, ganha um novo capítulo. Suas paredes, que antes abrigavam o borbulhar de cervejas, agora são eco do burburinho de esperança e de uma comunidade unida. E assim, em meio à destruição, a generosidade dos alunos da Escola Estadual Vidal de Negreiros e Ensino Médio Estrela se destacam como uma luz, aquecendo corações e reacendendo a chama da esperança em cada canto de Estrela. 

Airton Engster dos Santos - Historiador.

sábado, 25 de maio de 2024

Enchente do Rio Taquari destruiu a Biblioteca Municipal de Estrela





"Renascer Entre Páginas: A Esperança de Estrela" - Crônica do Airton 21

Estrela, uma cidade antes vibrante, encontra-se em silêncio, mas com um coração que pulsa esperança. As águas do Rio Taquari, que outrora traziam vida, desta vez trouxeram destruição, arrastando sonhos, memórias e, entre tantas perdas, a Biblioteca Municipal Francisco Reckziegel Assis Sampaio.

A biblioteca, um refúgio de conhecimento e cultura, viu suas prateleiras submersas, suas páginas virando correnteza. O cheiro de livros molhados e lama, cada canto contando a história de uma tragédia recente. No entanto, mesmo no meio da destruição, nascem os primeiros brotos de renascimento.

Entre os destroços, uma figura se destaca. Sr. Berti Bencke, com suas mãos caridosas e olhar determinado, carrega um tesouro sob o braço. Um livro, o primeiro a retornar ao novo acervo da biblioteca. Sua doação é um gesto simples, mas imensamente simbólico. Ele sabe que reconstruir não é apenas erguer paredes, mas restaurar a alma da comunidade. O ato de Bencke é uma faísca que acende a chama da esperança.

A notícia da doação de Bencke espalha-se rapidamente pela cidade. Logo, outros corações estrelenses se comovem e começam a agir. Aos cuidados de Walter Schinke, de Porto Alegre chegam caixas com livros, cuidadosamente selecionados por leitores que, mesmo distantes, sentem-se próximos pela solidariedade. Em São José dos Pinhais, no Paraná, uma livraria da estrelense Tutty e do amigo Eliel, organiza uma campanha de arrecadação. Cada livro, uma promessa de dias melhores.

Crianças, que assistiram à enchente com olhos assustados, agora desenham seus sonhos em folhas novas. Elas imaginam a biblioteca ressurgindo, mais forte, mais rica, pronta para acolher novas histórias e aventuras.

Há um senso de propósito compartilhado que transcende a perda material. Há uma compreensão de que a biblioteca é um símbolo da identidade e da persistência de Estrela.

Os dias passam e, pouco a pouco, a biblioteca começa a ganhar forma novamente. Cada livro recolocado na prateleira será um testemunho da força coletiva, um lembrete de que mesmo as águas mais devastadoras não podem submergir a determinação de uma comunidade unida.

E assim, enquanto as cicatrizes da enchente ainda marcam a cidade, as páginas viradas contam uma nova história de renascimento. Estrela, com cada livro doado, reescreve seu destino, provando que a força das águas pode ser superada pela força das pessoas. A biblioteca, ressurgida das águas, será um farol de esperança, iluminando o caminho para um futuro melhor.

Airton Engster dos Santos - Escritor


sexta-feira, 24 de maio de 2024

As Memórias Submersas do Porto de Estrela! Crônica do Airton 20 - Enchente do Rio Taquari 2024






As Memórias Submersas do Porto de Estrela! Crônica do Airton 20

Em um dia nebuloso de maio de 2024, o Rio Taquari elevou suas águas como nunca antes visto, engolindo com voracidade tudo o que encontrava pelo caminho. Foi um evento histórico, daqueles que se tornam marcos na memória coletiva de um povo. E, entre os muitos afetados, estava o Porto de Estrela, outrora símbolo de progresso e prosperidade do Vale do Taquari.

Desde a sua inauguração em 10 de novembro de 1977, o Porto de Estrela foi uma estrutura de transporte. Foi a artéria que pulsava riqueza e desenvolvimento para Estrela e região. A combinação estratégica de rodovias, ferrovias e hidrovias fazia dele um ponto de convergência inestimável. Era como se todos os caminhos levassem ao Porto, conectando produtores e consumidores, importadores e exportadores, todos dependentes dessa vital estrutura.

A construção do entroncamento foi uma façanha monumental. Sob a égide de um convênio que envolveu a Petrobrás, o Deprec e a CESA, a obra foi um exemplo de cooperação e visão de futuro. A Petrobrás bancou o projeto, investindo cerca de 300 milhões de Cruzeiros, uma quantia astronômica para a época. Mas o retorno foi incomensurável, trazendo desenvolvimento e emprego, transformando Estrela em um fulcro econômico da região.

Situado junto à BR 386 e conectado por estrada de ferro às áreas produtoras, o porto era a porta de entrada e saída para produtos que percorriam vastas distâncias. Via fluvial, ligava-se ao Porto de Rio Grande, abrindo caminho para o mundo. Durante mais de uma década, a estrutura ferveu de atividade, testemunhando o vai e vem constante de mercadorias e pessoas. Estava sempre viva, sempre em movimento.

Porém, nada escapa ao implacável avanço do tempo. Nos anos 90, a atividade no Porto de Estrela foi desativada, e uma quietude melancólica tomou conta do local. Mesmo assim, a administração municipal não desistiu dele, pleiteando sua municipalização e organizando eventos como a EstrelaMultifeira, na tentativa de reviver seu antigo brilho.

Mas a natureza, com sua força indomável, trouxe um fim inesperado e abrupto para essas aspirações. A grande enchente do Rio Taquari em 2024 destruiu toda a estrutura do porto. As águas revoltas não pouparam nada, deixando um rastro de destruição e desolação. Os custos de recuperação são tão altos que inviabilizam qualquer tentativa de reconstrução. Restaram apenas as lembranças.

E que lembranças são essas! De um tempo em que o Porto de Estrela era o orgulho dos estrelenses, uma prova tangível de que o trabalho conjunto pode erguer maravilhas. O som dos guindastes, o apito dos trens, o burburinho incessante de trabalhadores e comerciantes, tudo isso agora repousa no fundo do rio, envolto em silêncio aquoso.

Enquanto a cidade se reorganiza e tenta seguir adiante, o Porto de Estrela permanece nas memórias daqueles que viveram seus anos dourados. Uma parte da identidade coletiva que foi destruída. E, talvez, ao recordar com carinho e saudade o porto que um dia foi a alma do progresso, os estrelenses possam encontrar forças para continuar construindo, honrando o passado e mirando o futuro.

Assim, as águas que levaram o porto consigo também trouxeram à tona o melhor dos sentimentos humanos: a persistência. Porque, em Estrela, embora o porto tenha se perdido, o espírito de superação e a vontade de crescer permanecem imortais.

Airton Engster dos Santos - Historiador.

quinta-feira, 23 de maio de 2024

A Praça Luiz Müssnich sucumbiu à força da enchente de 2024 em Estrela






A Praça Luiz Müssnich sucumbiu à força da enchente! Crônica do Airton 20

A Praça Luiz Inácio Müssnich, em Estrela, sempre foi um ponto de encontro, entre as ruas Geraldo Pereira e Bruno Schwertner. Inaugurada em 1968 pelo então prefeito Adão Henrique Fett, a praça foi uma homenagem justa a um homem que tanto contribuiu para a cidade, Luiz Inácio Müssnich, empresário industrial, líder comunitário e primeiro suplente de juiz federal substituto.

Ao longo dos anos, a praça se tornou um espaço verde. Crianças corriam felizes entre os brinquedos, enquanto suas risadas se misturavam ao som do vento que balançava as árvores. Nos finais de tarde, famílias se reuniam para um chimarrão, trocando histórias e vivências, compartilhando momentos que se tornavam memórias preciosas.

No entanto, a enchente do Rio Taquari em maio de 2024 trouxe um golpe cruel para toda Estrela. As águas, impiedosas e avassaladoras, invadiram a cidade, e a querida Praça Luiz Inácio Müssnich não foi poupada. Os brinquedos que antes acolhiam a alegria infantil foram arrastados, as árvores que ofereciam sombra foram derrubadas, e o espaço de convívio foi transformado em um cenário de destruição.

O impacto da enchente foi sentido por todos. A praça, que por décadas simbolizou a união e a força da comunidade, agora refletia uma ferida aberta. Mas, como em todas as histórias de superação, é nas adversidades que se revela a verdadeira essência de um povo.

A restauração da Praça Luiz Inácio Müssnich não será uma tarefa fácil. Será necessária a determinação do governo municipal, a solidariedade dos cidadãos e o apoio de cada membro da comunidade. Mas, se há algo que a história de Estrela nos ensina, é que a cidade é forte. A mesma força que levou Adão Henrique Fett a construir a praça em homenagem a Luiz Inácio Müssnich será a força que a erguerá novamente.

Cada tijolo recolocado, cada árvore plantada, cada brinquedo reinstalado será um símbolo da renovação e da esperança. A praça renascerá, não apenas como um espaço físico, mas como um monumento à perseverança e ao espírito comunitário de Estrela.

E quando as crianças voltarem a brincar, e as famílias retomarem seus encontros vespertinos para tomar chimarrão, a Praça Luiz Inácio Müssnich será um testemunho de que, apesar das tempestades, a essência de Estrela permanece inabalável. O sol voltará a brilhar, as risadas preencherão o ar, e a praça, como a própria cidade, florescerá novamente. 

Airton Engster dos Santos - Historiador.

quarta-feira, 22 de maio de 2024

Parque Princesa do Vale em Estrela foi destruído pela enchente do Rio Taquari em maio de 2024







Graves danos no Parque Princesa do Vale devido à enchente. Crônica do Airton 16

O Parque Princesa do Vale, localizado no município de Estrela, Rio Grande do Sul, é um espaço público que tem se consolidado como uma verdadeira joia no coração da cidade. Inaugurado em 18 de maio de 1996, durante as celebrações dos 120 anos de emancipação político-administrativa do município, o parque rapidamente se tornou um ponto de referência e convivência para os moradores.

Desde a sua inauguração, o Parque Princesa do Vale tem recebido diversas melhorias, tornando-se um espaço de vital importância para o município. Ele é amplamente utilizado para a prática de esportes, ginástica, caminhadas, ciclismo, bicicross e futebol de areia ou sete. Além dessas atividades, o parque conta com uma pracinha para crianças, garantindo diversão e segurança para os pequenos.

O ambiente arborizado e equipado com muitos bancos oferece um refúgio agradável para as famílias, que aproveitam as tardes e os finais de semana para tomar um bom chimarrão e desfrutar da tranquilidade do local. O parque também é palco de importantes eventos comunitários, como o ParkChoppFest e o Natal em Estrela, que atraem moradores e visitantes, fortalecendo o senso de comunidade e promovendo a cultura local.

Infelizmente, na última cheia ocorrida em maio de 2024, o Parque Princesa do Vale sofreu graves danos. A inundação trouxe muita lama e causou destruição significativa, afetando profundamente a infraestrutura e a vegetação do local. Esta tragédia representa um grande desafio para a administração pública e para toda a comunidade estrelense.

A recuperação deste espaço tão querido demandará um esforço conjunto de todos. Será necessário mobilizar recursos, voluntários e apoio técnico para restaurar a área ambiental e devolver ao Parque Princesa do Vale a sua beleza e funcionalidade. A comunidade de Estrela está determinada a superar essa adversidade, e, com união e trabalho árduo, o parque voltará a ser um local de orgulho e alegria para todos.

O Parque Princesa do Vale é um símbolo de união e resiliência da comunidade de Estrela. A reconstrução deste parque será um testemunho da força e da solidariedade dos seus moradores, garantindo que futuras gerações possam continuar a desfrutar deste precioso refúgio natural. Airton Engster dos Santos - Historiador.

terça-feira, 21 de maio de 2024

Memorial Werner Schinke de Estrela completou três anos no dia 20 de maio de 2024


O Memorial Werner Schinke de Estrela completou três anos no dia 20 de maio de 2024, celebrando sua contribuição significativa para a cultura e a história local. Desde sua inauguração, o memorial já recebeu cerca de 22 mil visitantes, um reflexo do grande interesse da comunidade e da relevância de suas exposições temáticas e itinerantes, que estão disponíveis ao público todos os dias da semana.

Airton Engster dos Santos, coordenador do memorial, destaca o papel social, educacional e de reconhecimento às personalidades do município desempenhado pelo espaço. Este compromisso com a valorização da história local e a promoção da educação cultural tem atraído não só os moradores de Estrela, mas também visitantes do Vale do Taquari e de todo o estado do Rio Grande do Sul. O fluxo constante de delegações de diversas regiões reforça a importância do Memorial Werner Schinke como um ponto de referência cultural e histórica.

O Memorial está localizado no entroncamento da Rua Treze de Maio com a Pinheiro Machado, no centro da cidade de Estrela. O prédio, datado de 1905, possui uma rica história, tendo sido originalmente o primeiro hospital do município. Este patrimônio arquitetônico e histórico oferece um cenário apropriado para a missão do memorial de preservar e celebrar a história local.

O espaço abriga exposições que recontam a trajetória do município e de suas personalidades marcantes e promove um senso de identidade e pertencimento entre os visitantes. A dedicação à manutenção e ao desenvolvimento do acervo cultural reflete a importância dada pela comunidade à preservação de sua memória coletiva.

Em seus três anos de funcionamento, o Memorial Werner Schinke de Estrela consolidou-se como um importante centro de cultura e educação, contribuindo para a valorização e a disseminação da história de Estrela e do Vale do Taquari. Seu contínuo sucesso é um testemunho da importância de iniciativas que promovem o conhecimento e a celebração das raízes históricas de uma comunidade.

segunda-feira, 20 de maio de 2024

A Santinha da Farol não caiu com a força devastadora da enchente! Enchente do Rio Taquari em 2024 - Crônica do Airton




A Santinha da Farol não caiu com a força devastadora da enchente! Crônica do Airton 15

A história do Aeroclube Alto Taquari e da agroindústria Farol SA, em Estrela, revela uma trajetória marcada pela fé e resiliência. Fundado em 1940 próximo ao Rio Taquari, o Aeroclube Alto Taquari foi uma importante instituição na região. Em 1975, a área onde o aeroclube estava localizado foi cedida para a construção de uma estrutura portuária que abrigou diversas empresas, entre elas a Farol SA.

No antigo aeroclube, havia uma gruta dedicada a Nossa Senhora de Loreto, a padroeira dos aviadores. Quando a Farol SA foi construída exatamente no local do aeroclube, a imagem da santa foi transferida para lá, inicialmente ficando guardada no almoxarifado da empresa. Com a ocorrência de muitos acidentes graves no complexo, o supervisor Er Gomes de Campos decidiu construir uma nova gruta para Nossa Senhora de Loreto em frente à empresa. A gruta foi edificada no mesmo estilo do silo principal da empresa, com um design em gomos, e após sua construção, os acidentes diminuíram significativamente.

A Farol SA encerrou suas atividades em 1990, mas a gruta e a imagem de Nossa Senhora de Loreto permaneceram no local, agora administrado por outras empresas. A devoção à santa continuou sendo um símbolo de esperança e proteção para os trabalhadores e a comunidade local.

Em maio de 2024, uma enchente devastadora atingiu a região do Rio Taquari, destruindo tudo o que estava próximo à gruta. No entanto, apesar da força das águas e dos enormes troncos de árvores acumulados ao redor, a gruta e a imagem de Nossa Senhora de Loreto permaneceram intactas. Este fato foi visto como um milagre e um sinal de esperança e fé para todos os que testemunharam a destruição ao redor, mas encontraram consolo na preservação da gruta e da santa.

Esta história ilustra como a fé pode proporcionar conforto e sentido em tempos de adversidade, e como símbolos religiosos podem servir como âncoras de esperança para as comunidades em momentos de crise. 

Airton Engster dos Santos - Historiador.