Leia Coluna do Airton Engster dos Santos no Jornal Nova Geração de Estrela
Mostrando postagens com marcador Zero Hora entrevista Altemir Hausmann em Estrela. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Zero Hora entrevista Altemir Hausmann em Estrela. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Zero Hora entrevista Altemir Hausmann em Estrela


Com as mãos esbranquiçadas pelo trabalho com fibra de vidro, vestindo bermuda, camiseta e chinelos, Altemir Hausmann recebeu Zero Hora em sua casa, em Estrela, no Vale do Taquari. Não fosse a mala no chão do quarto, à espera das roupas para mais uma viagem a trabalho, o árbitro assistente da Fifa já demonstrava sinais da aposentadoria dos gramados.

Mas o fim da carreira que o levou a duas Copas do Mundo - uma como suplente -, 10 Libertadores e um total de quase mil jogos arbitrados (o próximo será amanhã, Figueirense x Botafogo, pela Copa do Brasil) só deve acontecer no final do ano, quando completa a idade limite estabelecida pela Fifa, de 45 anos.

Enquanto não aposenta a bandeirinha, Hausmann, que foi eleito melhor assistente do Brasileirão do ano passado, intercala a arbitragem com o trabalho na própria empresa, instalada nos fundos de casa, e a gerência de uma escolinha de futebol na cidade onde vive.

O que não deve mudar, tanto na profissão quanto na vida pessoal, na educação dos dois filhos, é o jeito de "gaúcho grosso do Interior", como ele mesmo diz. O rigor com que encara as regras e as decisões dentro de campo já o transformaram em protagonista de diversas partidas e lhe renderam o apelido de Seu Lunga - personagem do folclore nordestino conhecido pela falta de paciência e intransigência.

De episódios pitorescos, como quando demarcou uma meia-lua com spray no gramado, a polêmicas com jogadores, como no jogo em que disse "Deus é justo" para André Lima após uma lesão do centroavante, o certo é que Altemir deixou o seu legado no futebol.

Início quase por acaso:

Após terminar o Ginásio e prestar o serviço militar, o jovem estrelense Altemir Hausmann se viu tendo que decidir o que fazer da vida. E a escolha foi meio por acaso. Um tio que era árbitro organizava um campeonato interno da Corsan e o chamou para substituir um juiz que faltou. Altemir gostou tanto que decidiu fazer o curso de arbitragem e no mesmo ano se formou. Habilitado para atuar tanto como árbitro quanto assistente, Altemir chegou a se arriscar com o apito em partidas amadoras, mas foi seduzido pela linha de impedimento. “Sou perfeccionista em tudo. Tenho uma fábrica de peças em fibra de vidro. Não posso errar um centímetro sequer. O impedimento é igual, um desafio, uma busca”, filosofa.