Leia Coluna do Airton Engster dos Santos no Jornal Nova Geração de Estrela
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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Porto de Estrela - 35 Anos


Acervo Memorial da Aepan-ONG - Porto de Estrela

Acervo Memorial da Aepan-ONG - Porto de Estrela

Acervo Memorial da Aepan-ONG - Porto de Estrela

Acervo Memorial da Aepan-ONG - Porto de Estrela

Acervo Memorial da Aepan-ONG - Porto de Estrela

Porto de Estrela  - 35 Anos a serviço do progresso regional
Por: Airton Engster dos Santos

O Rio Taquari ou Tibiquari, como era conhecido pelos índios, ao banhar o território de Estrela favoreceu a chegada dos imigrantes, o desenvolvimento e a existência de diversos portos fluviais servindo as zonas coloniais. Até por volta de 1926, o vasto território da Vila, agraciado pela natureza em termos de recursos hídricos, possuía os seguintes portos: Arroio do Ouro, Fundição na foz do Arroio Estrela, Costão, Corvo, Barra do Arroio da Seca, Roca Sales, Marques do Herval, Arroio Augusto, Arroio Campinho, Porto da Areia e Porto Wendt.

Em 15 de outubro de 1924 foi inaugurado o cais do na tigo Porto de Estrela, obra iniciada no governo de Manoel Ribeiro Pontes Filho, que possibilitou linhas de navegações regulares no Rio Taquari e o escoamento da produção agrícola e industrial.

No entanto, o trecho a montante de Bom Retiro do Sul estava constantemente assoreado, com pouca profundidade, impossibilitava a passagem de grandes embarcações. A Barragem concluída na década de 70, projetada inicialmente para gerar energia elétrica, possibilitou a navegação até Estrela durante o ano todo, inclusive nos períodos de estiagem. O nível do Rio Taquari neste trecho, praticamente de 20 km, foi elevado de 4 m para 10 m de profundidade.
Foi construído então o entroncamento rodo-ferro-hidroviário em Estrela, inaugurado em 10 de novembro de 1977, pelo Exmo. Sr. Vice-Presidente da República, General Adalberto Pereira dos Santos. O complexo serve até hoje como porta de entrada e saída para as riquezas, não só de nosso município, mas do Vale do Taquari como um todo.

A construção do entroncamento foi executada em convênio entre Petrobrás, Deprec (Departamento Estadual de Portos, Rios e Canais) e CESA (companhia Estadual de Silos e Armazéns). A Petrobrás se responsabilizou pelos encargos financeiros da obra que se situaram à época em torno de 300 milhões de Cruzeiros e as demais pela fiscalização e implementação do projeto.

O cais do porto é construído de concreto, tendo 585 metros de extensão. No projeto de execução da obra a altura do muro foi fixada, levando-se em consideração os problemas das cheias do Rio Taquari. Analisando todos os fatores os engenheiros optaram pela construção de um muro de 17 metros em relação ao nível do mar. As instalações portuárias possuem dois silos graneleiros, com capacidade estática para 50 mil toneladas e um silo de 40 mil toneladas. Para carga geral existe um armazém de 2,3 mil metros quadrados. O complexo é composto ainda por uma área pavimentada para estocagem de contêineres além de área destinada a garagem, oficina e prédios da administração, vigias, balança e acessos a rodovias e ferrovia.

No dia 28 de setembro de 1998 foi inaugurado um terminal de contêineres no porto de Estrela. No dia da inauguração foram embarcados 8 contêineres com fumo e um com balas. Para movimentar containeres, o Porto possui um guindaste com capacidade de até 250 toneladas.

O porto está estrategicamente localizado junto a BR 386, rodovia que se constituí num verdadeiro corredor por onde escoa grande parte da produção agrícola do Rio Grande do Sul. Também está ligado as regiões produtoras e consumidoras através de estrada de ferro. E por via fluvial e lacustre tem ligação com o Porto de Rio Grande se transformando numa alternativa para importação e exportação de produtos diversos.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fonte de dados e Imagens: Clipagem e Arquivo Aepan-ONG e Álbum do Cinqüentenário de Estrela de 1926.