Esta é a primeira vez em quase seis séculos que um papa renuncia ao cargo. O último fazer isso foi Gregório 12, em 1415.
O papa disse em um comunicado que está "plenamente consciente da dimensão do seu gesto" e que renuncia do cargo por livre e espontânea vontade.
O porta-voz do Vaticano, Frederico Lombardi, disse que o papa não havia renunciado por "dificuldades no papado" e que a decisão havia sido uma surpresa, indicando que mesmo os auxiliares mais próximos não sabiam que ele estava para deixar o cargo. O papa não teme uma cisão na igreja após sua renúncia, disse o porta-voz.
Ele também explicou que, de acordo com o canon pontificio (normas que regem o exercício do Papa), as condições para deixar o cargo são que o anúncio seja feito de forma livre e que a demonstração seja inequívoca. Ninguém precisa aceitar formalmente a decisão.
Lombardi informou ainda que no mês de março, provavelmente, será anunciado um novo papa. "Para a Páscoa devemos ter um novo papa, essa é a previsão que podemos fazer", disse o porta-voz, explicando sobre a fase de "Sé vacante", que será iniciada às 20h do dia 28 de fevereiro, período que a Igreja terá para anunciar o sucessor de Bento 16. Lombardi afirmou que o papa não irá participar do conclave.