Dezenas de voluntários participaram, no último sábado, de mais uma edição do Viva o Taquari Vivo, que em Estrela retirou do rio e de áreas próximas ao Parque da Lagoa 1.409 quilos de resíduos. Deste montante, 771 quilos foram de material reciclável - plástico, garrafas pet, tecido, madeira, pneus, papelão e isopor - e 638 quilos de rejeitos. A ação ocorreu pela manhã, e logo cedo os voluntários chegavam para colaborar com a iniciativa, que na cidade foi coordenada pela Câmara do Comércio, Indústria e Serviços (Cacis) e Governo de Estrela.
Segundo o vice-presidente de Eventos da Cacis e coordenador da ação, Pablo Souto Palma,mais do que recolher o lixo, a iniciativa visa a celebrar o rio. “É um momento de reflexão sobre o que estamos fazendo e, acima de tudo, de buscarmos a conscientização. O número de pessoas envolvidas mostra que ação está dando certo e que esta é a grande campanha de conscientização no Vale do Taquari”, enfatizou.
O secretário municipal do Meio Ambiente e Saneamento Básico, Hilário Eidelwein, também salientou a importância do Viva o Taquari Vivo no sentido de conscientizar a população sobre a necessidade de preservação. “Não podemos jogar o lixo em qualquer lugar. Temos que fazer isto todos os dias”, frisou. Eidelwein lembrou que o município faz a coleta seletiva dos resíduos, além de outras ações neste sentido.
Na ocasião houve também a participação da Secretaria da Saúde, que lembrou a necessidade de medidas para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti. O secretário Elmar Schneider destacou que tudo passa pela conscientização e sugeriu que ações idênticas sejam feitas nos bairros. “Todos têm que fazer sua parte”, disse.
O material coletado pelos voluntários, tanto pelos barcos quanto pelos grupos que percorreram as áreas próximas ao Parque da Lagoa, foram separados e pesados no local, sendo levados depois para a Usina de Tratamento de Lixo do município. Amostra do que foi recolhido está exposta na Praça Menna Barreto e a partir desta terça-feira (05.04), às 9h, estudantes serão recebidos no local para conversar sobre preservação ambiental, a correta separação dos resíduos domésticos e coleta seletiva.
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Ruth Markus Huber, do Loteamento Popular, Bairro Boa União, propõe uma ação solidária em benefício do Hospital de Estrela, com o tema: “Ruth na corrente do bem, participe você também.” Ao longo deste ano letivo será desenvolvido o projeto global “Viva com saúde e seja feliz”, quando serão elaboradas diversas ações com o objetivo de envolver os alunos e comunidade escolar.
Entre as ações, está uma campanha em benefício ao Hospital Estrela, visando sensibilizar a comunidade local sobre a importância da promoção da saúde como fruto da responsabilidade e comprometimento de todos. Estão sendo distribuídos folhetos contendo um termo de autorização para contribuição espontânea, onde os interessados poderão preencher com seus dados, assim como o valor da doação mensal, que será debitada automaticamente na fatura da energia elétrica. Os mesmos deverão retornar à escola que fará o repasse ao hospital.
Dirigentes municipais e profissionais da área ambiental de toda a região participaram, no último dia 1º, em Estrela, de encontro para qualificação da gestão ambiental municipal – Resolução Consema sobre impacto local. O evento foi promovido pela Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do RS e Fepam, com apoio da Famurs, CNM, Associação Gaúcha de Municípios, Uvergs, Associação dos Municípios do Vale do Taquari e Governo de Estrela, através da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Saneamento Básico. Cerca de 100 pessoas acompanharam a programação, realizada no auditório da Faculdade La Salle.
Na parte da manhã técnicos da Divisão de Licenciamento de Criações da Fepam/RS falaram sobre licenciamento agrossilvipastoril e a necessidade de licenciar as criações, decorrente da concentração de dejetos, dos riscos ao meio ambiente (poluição da água, solo e ar), dos riscos potenciais à saúde humana, necessidade de controle de vetores e incômodos à vizinhança. O chefe da Divisão, Arno Kayser, frisou que ainda há barreiras quanto a este tipo de licença, vista muitas vezes somente sob o viés econômico, e não ambiental. “A agricultura é uma das atividades mais impactantes. É preciso reconhecer a real dimensão da atividade para não planejar mal e não ocorrerem problemas futuros. A questão ambiental cada vez mais faz parte das atividades de criação”, assinalou.