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As cinco pessoas presas na operação em conjunto da Brigada Militar (BM) com o Ministério Público Estadual (MPE), que resultou na apreensão de cerca de meia tonelada de maconha no Vale do Taquari, teriam ligação com a facção criminosa da Região Metropolitana "Os Manos", conforme a Inteligência do Centro de Policiamento Metropolitano (CPM).
Os quatro homens e uma mulher — todos eles gaúchos — manteriam algum tipo de relacionamento com a organização, a qual atua dentro e fora de presídios, ligada a homicídios, tráfico de drogas e armas na região.
Segundo o chefe do Setor de Inteligência do CPM, major Adriano Klafke, o monitoramento de movimentações de droga entre os Estados da Região Sul vinha sendo feito há meses, com foco na repressão.
Em função desse trabalho foi possível acompanhar e planejar a melhor forma de abordagem aos dois automóveis que se deslocavam desde o Mato Grosso do Sul, passando por Paraná e Santa Catarina, até chegar a Canoas, onde os entorpecentes deveriam ser redistribuídos.
— O flagrante foi planejado em Pouso Novo, na BR-386, por várias razões. Entre elas, queríamos um local em que uma possibilidade de fuga pudesse ser evitada e, em consequência disso, causasse algum acidente de trânsito — explica Klafke.
O major conta ainda que a abordagem deveria rechaçar qualquer tipo de confronto entre a polícia e os suspeitos, o que poderia causar a exposição eventual de civis. Outra questão estratégica da Inteligência foi identificar se havia a composição de um comboio ainda maior de automóveis seguindo para a Região Metropolitana.
— Identificamos que havia somente os dois carros. Mas, segundo os próprios presos, um outro veículo, com pane mecânica, tinha ficado no Paraná com quantidade equivalente de drogas. Avisamos também a Polícia Rodoviária Federal e foi possível localizar esse automóvel — diz Klafke, o qual acredita que apenas uma parcela da maconha que estava no Paraná pôde ser apreendida.
A operação, chefiada pelo comandante de policiamento metropolitano, coronel Silanus Mello, teve a participação do Batalhão de Operações Especiais (BOE) para garantir a segurança dos envolvidos durante a abordagem. Para Klafke, o planejamento prévio foi crucial para que o grupo sequer reagisse:
— Quando é planejada, a abordagem não permite qualquer tipo de reação.
O material foi encaminhado pela Polícia Civil ao Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc), em Porto Alegre. A droga está avaliada em R$ 250 mil.
ZERO HORA