Camera investe R$ 45 milhões
e anuncia fábrica de biodiesel
A empresa Camera firmou um protocolo de intenções com o governo gaúcho.
A empresa Camera - Agricultura, Alimentos e Energia firmou com o governo gaúcho, nesta quarta-feira (14), um protocolo de intenções para um investimento de R$ 45 milhões em área junto ao porto de Estrela, no Vale do Taquari.
O ato de assintura ocorreu nesta tarde, no Palácio Piratini, com a presença do governador Tarso Genro e do diretor-presidente da Camera, Vanoli Kist.
Segundo o Executivo estadual, serão implantadas duas plantas industriais, sendo uma usina de biodiesel e uma fábrica de metilato de sódio, catalisador usado na produção de biodiesel.
As obras devem iniciar em dezembro de 2012 e ser concluídas em setembro de 2013.
A estimativa é que sejam gerados 72 empregos diretos.
De acordo com informações da empresa, a fábrica de metilato de sódio terá produção inicial de 15 mil toneladas por ano, podendo dobrar de capacidade.
A unidade contará com tecnologia da multinacional americana DuPont, e a produção será comercializada junto às usinas de biodiesel do sul do Brasil, sobretudo as localizadas no Rio Grande do Sul, que passarão a ter fornecimento local.
"Trata-se da primeira planta da Região Sul e a segunda em operação no Brasil, diminuindo a dependência atual da indústria do biodiesel nacional de metilato importado", explicou Kist.
Já a Usina de Biodiesel Estrela terá capacidade de produção de 650 mil de litros de biodiesel por dia e fará parte do Parque Industrial Estrela, composto pela fábrica de processamento de soja existente e pela nova fábrica de metilato de sódio.
A capacidade de processamento de soja será ampliada de 1,6 mil para 2 mil toneladas por dia, para garantir o suprimento da usina.
Será a primeira usina de biodiesel na Região do Vale do Taquari, desenhada para o novo marco regulatório do biodiesel, que deverá levar a mistura do produto ao diesel mineral dos atuais 5% para 20% até 2020.
A empresa projeta um acréscimo de R$ 550 milhões aos R$ 2,3 bilhões anuais de faturamento em 2012 e estima um incremento de R$ 600 milhões em impostos federais e estaduais nos 10 primeiros anos das novas operações.
No evento, Tarso ressaltou que a Camera é uma empresa forjada no trabalho familiar, o que orgulha o Rio Grande do Sul.
"Temos trabalhado para criar políticas de incentivo que tenham horizontalidade. Sem valorizar as empresas enraizadas no RS, o processo desenvolvimentista será excludente", afirmou.
O apoio do governo gaúcho se dará pelo diferimento no pagamento do ICMS de fornecedores gaúchos de máquinas e implementos e no enquadramento no Fundopem para a fábrica de metilato de sódio.
Fonte - Nossadica
