Esta terça-feira foi amena no mercado de câmbio, onde o dólar à vista oscilou em pequeno intervalo e fechou em baixa de 0,68%, cotado a R$ 3,5246. Apesar da expectativa em torno da política no Brasil e da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), amanhã, o viés para o dólar foi negativo durante toda a sessão.
Contribuiu para isso o fato de o Banco Central, pelo segundo dia, não anunciar nenhuma operação de swap cambial reverso (equivalente à compra de dólares no mercado futuro). Além disso, no exterior, o dólar cedia ante várias divisas de exportadores de commodities e emergentes, em meio à expectativa de que, no encontro de amanhã, o banco central americano não altere sua taxa de juros, atualmente na faixa entre 0,25% e 0,50%.
Bovespa
Enquanto os mercados americanos e europeus andaram "de lado", à espera da definição dos juros nos Estados Unidos, a Bovespa demonstrou fôlego e fechou em alta de 2,35%, aos 53.082,50 pontos. O forte avanço dos preços do petróleo e o ingresso de recursos externos no mercado acionário brasileiro foram determinantes para impulsionar papéis como os de Petrobras, Vale e setor financeiro, todos com avanços acima de 3%.
As ações dos setores de mineração, siderurgia e metalurgia foram os grandes destaques do dia. Os papéis iniciaram o dia em queda, acompanhando o recuo dos preços do minério de ferro. No entanto, inverteram a tendência no início da tarde e passaram a figurar entre as maiores altas do Ibovespa. Nos últimos minutos de negociação, as ações ganharam ainda mais impulso, acompanhando pares internacionais, que, por sua vez, seguiam o avanço dos índices de metais.
Já a alta expressiva dos preços do petróleo sustentou a Petrobras durante todo o dia. Os contratos futuros da commodity para junho subiram 3,28% na Nymex e 2,83% na ICE, impulsionados pelo dólar mais fraco e por apostas de redução da produção global, especialmente nos Estados Unidos. Com isso, as ações da Petrobras subiram 3,40% (ON) e 3,64% (PN).