Fonte: José Alfredo Schierholt
É o nome de uma travessa no Bairro Americano, em Lajeado, pelo Dec. nº 621, de 6-9-1957, consolidando e oficializando denominação já existente.
Esse beco é a continuação da Rua Almirante Barroso, ladeando a BR-386, nos fundos da Motomecânica Comercial S/A. Em O Informativo, de 1-11-1986, publiquei alguns de seus traços biográficos. Na história do RS também é pouco conhecido, mais pelo seu apelido.
Soldado anônimo nas lutas platinas e no decênio farroupilha, lutou também na Guerra do Paraguai. Vasco Antônio da Fontoura Júnior, seu nome correto e completo, entrou na história pátria como Coronel Chananeco.
Sempre foi um simples tocador de carretas no Distrito do Cerrito de Ouro, em São Sepé, onde nasceu e sempre viveu. Ao arrebentar a Guerra do Paraguai, sentiu-se chamado, talvez convidado para substituir algum fazendeiro convocado. Galgou os postos militares por bravura, tomando parte nos combates mais decisivos, como Tuiuti, Curupaiti, Avaí, Lomas Valentinas, Humaitá e outros.
Como coronel, comandou o 1º Corpo Provisório de Cavalaria de Guardas Nacionais, constituído de caçapavanos, sapeenses, bageenses, jaguarenses, piratinenses, gabrielenses e outros, que o apelidaram de Tigre Chananeco.
Seu apelido está ligado ao termo chana, significando planície, campo plano da região fronteiriça. Terminada a Guerra, voltou mais pobre do que foi, pois a ferragem da sua carreta estava enferrujada e carcomida sua madeira.
Não recebeu recompensa, nem reconhecimento. No Cerrito do Ouro há um pequeno obelisco campestre, homenagem pobre, como ele tem sido. Em Lajeado é lembrado com nome de um beco, num canto de bairro, sem que a população saiba quem tenha sido. Ignorando-se até sua idade, Faleceu em 27-12-1876.
José Alfredo Schierholt