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O fenômeno climático La Niña, responsável em grande parte pela estiagem que atingiu o Rio Grande do Sul nos verões de 2011 e 2012, enfraqueceu durante o mês de fevereiro, mas ainda continua atuante.
Segundo o boletim divulgado nesta segunda-feira pela Administração Nacional Atmosférica e Oceânica (Noaa), do governo dos EUA, a temperatura das águas do Pacífico Central ainda está cerca de 0,5°C abaixo da média, apesar do aquecimento registrado nas últimas semanas e da redução significativa da área atingida pelo La Niña. A circulação dos ventos na atmosfera também é condizente com a presença do fenômeno, conforme a Noaa.
Ainda assim, a agência manteve o prognóstico de que, entre março e maio, o La Niña passará por um período de transição rumo a uma situação de neutralidade. Que, no entanto, pode durar pouco. A partir de agosto, há possibilidade de retorno de um outro vilão climático: o El Niño.
A exemplo do La Niña, o El Niño também afeta bastante o clima do Rio Grande do Sul, porém provocando um efeito inverso: em vez de estiagem, os gaúchos ficam sujeitos a chuvas acima da média, que em anos anterioras já resultaram em enchentes arrassadoras.
— No entanto, ainda é precoce falar em El Niño em 2012. Por enquanto, a probabilidade maior para o outono é de uma neutralidade climática. É preciso aguardar os próximos prognósticos para fazer uma previsão mais definitiva para o segundo semestre — observa a meteorologista Estael Sias, da Central RBS.