Cardeal Aloísio Lorscheider
Na manhã de domingo, dia 23 de dezembro de 2007, em Porto Alegre-RS, morreu, aos 83 anos de idade, o Cardeal Aloísio Lorscheider. Seu sepultamento foi no dia 27 de dezembro, no cemitério do Convento Franciscano São Boaventura, em Daltro Filho, distrito de Imigrante-RS, onde ele começou sua vida de frade. Nasceu na Linha Geraldo, interior de Estrela, onde celebrou a primeira missa, após sua ordenação sacerdotal.
Foi bispo de Santo Ângelo-RS, Arcebispo de Fortaleza-CE e de Aparecida-SP. Antes, porém, como frei, sacerdote e teólogo, lecionou nos Institutos de Teologia de sua Ordem Religiosa.
Em 1976, o Papa Paulo VI o fez cardeal. Na CNBB Dom Aloísio foi Secretário Geral; em seguida, Presidente por dois mandatos. Foi Presidente do CELAM e da Cáritas Internacional.
Atuou também no Concílio Vaticano II, nas Conferências Episcopais de Medellín, Puebla, Santo Domingo e nos Sínodos dos Bispos. Foi um homem sensível aos problemas humanos, principalmente dos pobres e marginalizados.
O período em que esteve à frente da CNBB coincide com um tempo difícil da história política do Brasil e da América Latina (anos ‘60 e ‘70). Dom Aloísio esteve ao lado daqueles que mais precisavam, colocando-se com voz na defesa da liberdade e dos direitos humanos.
Ele esteve em Aparecida por 9 anos, mas o suficiente para reorganizar estruturalmente o Santuário, a ação pastoral, privilegiando os Devotos de Nossa Senhora Aparecida, o incentivo aos Meios de Comunicação, daí a Revista de Aparecida e a instalação da TV Aparecida.
Os romeiros de Aparecida e telespectadores puderam conhecer sua voz ‘frágil’, porém reconhecida como voz do bom pastor, do bispo, do teólogo claro e conciso que dizia ao coração e à mente de todos nós. Dom Aloísio mostrou-se profundamente devoto de Nossa Senhora, de São José e de São Francisco de Assis.
Texto: Airton Engster dos Santos
Fotos: Acervo Airton Engster dos Santos