Ayrton Senna, o tri-campeão mundial de Fórmula 1, morreu em 1 de maio de 1994, como resultado de uma colisão entre seu carro e uma barreira de concreto, enquanto participava do Grande Prêmio de San Marino, no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, na Itália.
No dia anterior, Roland Ratzenberger (Simtek) morreu quando seu carro bateu durante a qualificação para a corrida. Seu acidente e o de Senna foram os piores entre os vários acidentes ocorridos naquele fim de semana e foram os primeiros acidentes fatais ocorridos em uma corrida oficial de Fórmula 1 em 12 anos. Eles se tornaram um divisor de águas na segurança do esporte, o que levou a implementação de novas medidas de segurança e reformulação da Grand Prix Drivers' Association.
Na sexta volta a corrida foi reiniciada, e na abertura da sétima volta Senna rapidamente fez a melhor volta da corrida então abrindo em relação a Schumacher. Senna iniciara o que seria a sua última volta na F1; ele entrou na curva Tamburello (a mesma onde bateu Berger com a Ferrari em 1989) e perdeu o controle do carro, seguindo reto e chocando-se violentamente contra o muro de concreto.
A telemetria mostrou que Senna, ao notar o descontrole do carro, ainda conseguiu, nessa fração de segundo, reduzir a velocidade de cerca de 300 km/h (195 mph) para cerca de 200 km/h (135 mph). Os oficiais de pista chegaram à cena do acidente e, ao perceber a gravidade, só puderam espe
da Fórmula e chefe da equipe médica da corrida, e recebeu os primeiros socorros ainda na pista, ao lado de seu carro destruído, antes de ser levado de helicóptero para o Hospital Maggiore de Bolonha onde, poucas horas depois, foi declarado morto.
Mais tarde o Professor Watkins declarou:
“ Ele estava sereno. Eu levantei suas pálpebras e estava claro, por suas pupilas, que ele teve um ferimento maciço no cérebro. Nós o tiramos do cockpit e o pusemos no chão. Embora eu seja totalmente agnóstico, eu senti sua alma partir nesse momento. ”
Foi encontrado no carro de Senna uma bandeira austríaca que, em caso de uma possível vitória, o tricampeão a empunharia em homenagem ao austríaco Roland Ratzenberger, morto um dia antes
Foi um GP trágico. Além do acidente de Barrichello e das mortes de Senna e Ratzenberger, o acidente entre J.J. Lehto e Pedro Lamy fez arremessar dois pneus para a arquibancada, ferindo vários torcedores. O italiano Michele Alboreto, da Minardi, perdeu um pneu na saída dos boxes e se chocou contra os mecânicos da Ferrari, ferindo também um mecânico da Lotus.
Não bastando isso, durante alguns minutos as comunicações no circuito entraram em colapso, permitindo que o piloto Érik Comas, da equipe Larrousse, deixasse o pit-stop e retornasse à corrida quando ela já havia sido interrompida. Comas somente entendeu o que estava acontecendo quando os fiscais de pista mais próximos ao acidente tremularam nervosamente suas bandeiras vermelhas indicando-lhe a situação. Se não fosse por essa atitude, ele poderia ter se chocado com o helicóptero que se encontrava pousado no asfalto da pista aguardando para levar Senna ao hospital.
A imagem de Ayrton apoiado na sua Williams, flagrado pelas tevês, com o olhar distante e perdido, pouco antes do início do GP, ficaria marcada para sempre entre seus fãs.
No Brasil, ficou muito difundida uma frase dita pelo jornalista Roberto Cabrini ao Plantão da Globo, boletim de notícias extraordinário da Rede Globo. Logo após a confirmação da morte de Ayrton, pelo hospital, Cabrini noticiou dizendo, por telefone:
“ "Morreu Ayrton Senna da Silva... Uma notícia que a gente nunca gostaria de dar."
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