Leia Coluna do Airton Engster dos Santos no Jornal Nova Geração de Estrela

sexta-feira, 15 de março de 2013

Terrenos baldios de Lajeado deverão ser roçados em até 10 dias


Proprietários devem providenciar a roçada de terrenos com mato acima de 30 cm de altura

Com o objetivo de evitar a proliferação do mosquito transmissor da Dengue na cidade, a Prefeitura de Lajeado, amparada nas leis que instituem o Código de Edificações e de Posturas do município, notifica os proprietários de terrenos baldios localizados em zonas urbanizadas de Lajeado para providenciarem a roçada e limpeza dos lotes no prazo de até 10 dias, contado a partir do dia 13/03. Caso contrário, a prefeitura se responsabilizará pelo serviço de roçada dos lotes, entretanto, isso acarretará em cobrança a ser adicionada ao valor do IPTU, conforme Decreto 8.686/2013.

O secretário de Agricultura e Abastecimento (Seaab) de Lajeado, Ricardo Giovanella, explica que todos os terrenos com mato acima de 30 cm de altura deverão ser roçados. “Além de causar insegurança aos moradores que residem próximo a um terreno abandonado, o mato alto esconde lixo e outros materiais que podem acumular água e contribuir para a proliferação de insetos e bichos”, afirma o secretário, mencionando que só este ano sua pasta já recebeu mais de 400 pedidos de roçadas de lotes abandonados pelos proprietários. Giovanella destaca, também, que a empresa contratada para realizar o recolhimento de lixo na cidade irá roçar, mensalmente, 500 mil m² de áreas verdes e terrenos que estejam com mato acima de 30 cm de altura.

De acordo com o secretário de Saúde (Sesa), Glademir Schwingel, recentemente, foram encontrados três focos de reprodução do mosquito transmissor da Dengue no município, o Aedes aegypti. “Temos 147 armadilhas de monitoramente espalhadas pelo município e em três delas, localizadas nos Bairros Santo Antônio, Montanha e Americano, identificamos larvas do mosquito transmissor da Dengue”, afirmou Schwingel. Segundo ele, a equipe da Vigilância Epidemiológica da Sesa está verificando a existência de outros focos de reprodução do mosquito em todas residências localizadas num raio de 300 metros dos pontos onde foram encontradas as referidas larvas. “Havendo mais focos, o município será considerado infestado pelo Aedes aegypti”, adianta o titular da Sesa. Entretanto, Schwingel lembra que os munícipes podem contribuir para evitar essa situação. Ele orienta a população a não acumular material que possa reter água parada, como garrafas, pneus, potes, copos, latas e outros recipientes, assim como tampar a caixa d’água, poços, latões e filtros, colocar areia nos vasos de flores e manter a piscina tratada com cloro, a fim de evitar a reprodução do mosquito transmissor da Dengue.

A Dengue e sua transmissão

A Dengue é um arbovírus que se espalha rapidamente pela população sendo transmitida quando o mosquito Aedes aegypti, contaminado pelo vírus, pica o ser humano. Ainda não há vacina contra a doença e existem quatro tipos de vírus (Dengue 1, Dengue 2, Dengue 3 e Dengue 4), podendo-se adoecer por cada um dos vírus circulantes que está no mosquito, sendo que cada tipo confere imunidade a quem já foi infectado. O inseto é um mosquito pequeno, escuro, com listras brancas e tem por hábito picar durante o dia. O Aedes aegypti somente se infecta com o vírus da Dengue quando pica uma pessoa com a doença, sendo que daí por diante o mosquito passa a transmitir o vírus.

Ao contrair a Dengue Clássica, 99% das pessoas apresentam febre durante cerca de sete dias com início abrupto, 60% têm dor de cabeça frontal severa, dores nas articulações e músculos, 50% têm dor atrás dos olhos (retro-orbital); 50% têm prostração, indisposição, perda de apetite, náusea e vômitos, 25% têm manchas vermelhas no tórax e braços. A Dengue se diferencia de resfriados e gripes por não apresentar sintomas respiratórios. Diante da mínima suspeita de Dengue não é recomendado o uso de medicamento a base de ácido acetil-salicílico (AAS).

Foto e texto de Rafael Scheeren Grün

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