Leia Coluna do Airton Engster dos Santos no Jornal Nova Geração de Estrela
Mostrando postagens com marcador Economia - 31 de agosto de 2016. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Economia - 31 de agosto de 2016. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Economia - 31 de agosto de 2016


As contas do governo tiveram déficit primário (despesas maiores do que receitas sem contar juros da dívida pública) de R$ 51,07 bilhões nos sete primeiros meses deste ano. Segundo os dados oficiais, divulgados nesta terça-feira (30) pela Secretaria do Tesouro Nacional é o pior resultado para o período de toda a série histórica, que tem início em 1997 – ou seja, em 20 anos.

Até então, o maior déficit fiscal para os sete primeiros meses de um ano havia sido registrado em 2015 (-R$ 8,9 bilhões).

O aumento do rombo fiscal das contas públicas acontece diante do fraco desempenho da arrecadação – em decorrência do baixo nível de atividade – e também da dificuldade por parte do governo em cortar gastos públicos, em um orçamento com um alto grau de vinculações.

Com recessão castigando a economia brasileira, a receita total teve queda real de 6% nos sete primeiros meses deste ano, para R$ 753 bilhões. Sem contar a inflação, houve um aumento nominal de 2,9% no período. Ao mesmo tempo, as despesas públicas totais cresceram, em termos reais, 0,8% até julho, para R$ 682 bilhões. Em termos nominais, a alta foi de 10,3%.

"A contenção de despesas discricionárias [que não são obrigatórias] continua, mas não é capaz de conter a expansão de despesas obrigatórias, em especial das despesas da Previdência. Precisamos nos confrontar com reformas estruturais para reequilibrar as contas públicas", avaliou o secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi.