Leia Coluna do Airton Engster dos Santos no Jornal Nova Geração de Estrela
domingo, 17 de novembro de 2024
sábado, 16 de novembro de 2024
Os Ecos da Abolição em Estrela: Memórias de Resistência e Liberdade

Os Ecos da Abolição em Estrela: Memórias de Resistência e Liberdade
Em 26 de maio de 1888, poucos dias após a assinatura da Lei Áurea, a notícia da abolição chegou a Estrela, no Rio Grande do Sul. Para marcar esse momento histórico, um sermão foi realizado na Paróquia Santo Antônio, celebrando o fim oficial da escravidão. No entanto, a abolição foi apenas o começo de uma nova luta para os negros recém-libertos, que enfrentaram desafios imensos na busca por dignidade e inclusão.
Sem recursos ou políticas de apoio, muitos ex-escravos em Estrela foram obrigados a se estabelecer em áreas remotas, conhecidas como "cafundós", ou em bairros periféricos, como o Oriental. A liberdade, embora conquistada, veio acompanhada de uma dura realidade: trabalhos extenuantes e mal remunerados eram a única alternativa para sobrevivência, consolidando-os como a camada mais desfavorecida da sociedade.
Apesar das adversidades, o espírito de resistência e celebração não foi apagado. Durante muitos anos, o 13 de maio foi comemorado em Estrela como uma data de reflexão e gratidão. Um registro no Álbum do Cinquentenário de Estrela traz a fotografia de um churrasco realizado em homenagem à abolição, evidenciando como a memória coletiva preservava a luta por liberdade e igualdade.
A Presença Negra em Estrela
Embora a história tenha relegado a comunidade negra a uma posição periférica, sua contribuição cultural e social é essencial para a identidade de Estrela. Hoje, eventos promovidos por grupos locais celebram o legado afro-brasileiro, especialmente no Dia da Consciência Negra, com rodas de capoeira, apresentações de samba, oficinas de percussão e feijoadas comunitárias. Essas manifestações são também atos de resistência e reafirmação de uma identidade que enfrentou séculos de exclusão.
Além das celebrações culturais, há um esforço crescente em resgatar e valorizar a contribuição dos negros na formação de Estrela. Iniciativas educacionais e culturais buscam contar a história dos desafios enfrentados, das conquistas e da força de uma comunidade que contribuiu com a cidade de maneira significativa.
Reflexões Sobre o Legado
O caminho para a inclusão plena ainda está em construção. A herança da escravidão e a exclusão social que se seguiu deixam marcas que exigem reconhecimento e ação. A preservação da memória histórica é essencial para compreender e combater as desigualdades que ainda persistem.
Em Estrela, o passado de luta e resistência da comunidade negra é, ao mesmo tempo, um testemunho da dor e da resiliência. À medida que se amplia o debate sobre igualdade racial e o fortalecimento das políticas públicas, a cidade tem a oportunidade de honrar plenamente o legado de seus antepassados e construir um futuro mais justo e inclusivo
É justo portanto reavivar a memória de um capítulo crucial na história de Estrela e reforçar a importância de uma sociedade que celebre suas diversidades, valorize suas origens e promova a justiça social.
Assina: Airton Engster dos Santos - Colunista do Jornal Nova Geração
quinta-feira, 14 de novembro de 2024
Lions Clube de Estrela - Solendade do Cartaz Sobre a Paz
Estrela-RS - Novembro de 2024
Na solenidade organizada pelo Lions Clube de Estrela, o sentimento era de união e orgulho, em especial para os estudantes, professores e famílias. As cadeiras estavam repletas, e o ambiente transbordava entusiasmo pelo reconhecimento aos jovens talentos locais que dedicaram sua criatividade e sentimentos aos temas da paz e do meio ambiente.
As palavras de Amanda Arenhart trouxeram à tona a importância do projeto “Cartaz Sobre a Paz”, destacando que o concurso foi aberto para votação de toda a comunidade e a participação ativa das escolas municipais, estaduais e particulares. Seu discurso ressoava um chamado ao coletivo, uma lembrança de que a paz é um esforço que se constrói juntos.
O ponto alto do evento foi, sem dúvida, quando todos os presentes se uniram para cantar a canção “A Paz”, do grupo Roupa Nova. Cada voz, ainda que única, somava-se às demais, preenchendo o ambiente de uma emoção que tocava a alma. Naquele instante os alunos premiados, os professores, os pais, os membros do Lions e as autoridades estavam unidos. Era como se o próprio espírito de paz se manifestasse ali, em cada nota, em cada olhar e em cada sorriso emocionado.
A premiação teve seu momento de aplausos para cada estudante laureado, um verdadeiro reconhecimento pelo esforço e pelo talento demonstrado. Ana Carolina Fell Chemin, aluna do Colégio Santo Antônio, recebeu a principal premiação do concurso de cartazes, enquanto Lauani Scheeren, da Escola Estadual Vidal de Negreiros, recebeu o segundo lugar, ambos trabalhos refletindo visões poderosas sobre a paz.
Na categoria de poesia, Sofia dos Santos da Veiga, da Escola Municipal Sereno Hugo Wolkmer, encantou a todos com suas palavras, revelando uma maturidade e sensibilidade além da idade.
Por fim, o empresário rural Marcelino Meincke foi homenageado com o Prêmio Lions Meio Ambiente, em reconhecimento ao seu incansável apoio ao serviço voluntário, uma verdadeira inspiração para a comunidade de Estrela.
O aplauso dedicado a ele simbolizou o respeito e a gratidão de todos os presentes por quem acredita que a preservação do meio ambiente é um legado para as futuras gerações.
Ao final da cerimônia, as palavras sobre paz e meio ambiente ecoavam, mas talvez o maior ensinamento tenha vindo do próprio evento: a paz nasce, floresce e se fortalece quando a comunidade se encontra unida, compartilhando ideais e celebrando seus jovens talentos.
Parabéns Lions Clube de Estrela pelos projetos desenvolvidos sobre a Paz. Assina: Airton Engster dos Santos - Colunista do Jornal Nova Geração
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