Leia Coluna do Airton Engster dos Santos no Jornal Nova Geração de Estrela

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Alberto Ruschel nasceu em Arroio do Ouro, município de Estrela, irmão de Nilo que era radialista e Paulo compositor clássico regionalista “Os Homens de Preto”.





Alberto Ruschel 

Alberto Ruschel nasceu em Arroio do Ouro, município de Estrela, irmão de Nilo que era radialista e Paulo compositor clássico regionalista “Os Homens de Preto”. 

Aos 20 anos de idade, começou carreira no Rio de Janeiro, como músico, e cantor. Grande Otelo levou o amigo para o cinema. Ruschel torna-se galã e aparece em filmes como: “Este Mundo é um Pandeiro”, “Ângela” e “Cangaceiro”, entre outros. Fez três filmes na Espanha. Na volta para o Brasil filmou “Matemática Zero, Amor Dez” com grande sucesso e campeão de bilheteria na época. 

Atuou como diretor em “Pontal da Solidão”. Participou da novela “O Todo Poderoso” produzida pela Rede Bandeirantes entre 1979 e 1980. 

Filmou Também “Paixão de Gaúcho” - Época da guerra entre Legalistas e Farroupilhas. 

“O Cangaceiro”, porém foi seu maior feito. O drama, em preto e branco, conta a história de um bando de cangaceiros comandado pelo Capitão Galdino (Milton Ribeiro) que mantém a todo custo um código de honra. “O Cangaceiro”, de Lima Barreto, produzido em 1953 pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz, é uma das fitas mais premiadas da década de 50, estrelada por Alberto Ruschel, Marisa Prado, Milton Ribeiro, Vanja Orico e Adoniran Barbosa. 

Alberto Ruschel recebeu o prêmio Oscarito no Festival de Gramado entregue as personalidades do cinema brasileiro. Faleceu no Rio, em janeiro de 1996. 

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fotos: Airton Engster dos Santos

Cervejaria Polar, administrada por Arnaldo J. Diel, era responsável por 60% de todos os impostos de Estrela




Arnaldo J. Diel

Arnaldo J. Diel, nascido em Cruzeiro do Sul em 13 de abril de 1911, casado com Maria Verena Ruschel, empresário em Estrela, morreu na praia de Atlândida, em 9 de janeiro de 1969, é considerado um dos maiores empresários no Rio Grande do Sul, no século XX. 

Em 1945 assumiu como diretor da Cervejaria Estrela, onde permaneceu por 25 anos, até sua morte. Com a mudança do nome para Cervejaria Polar S.A., transformou a empresa na maior organização empresarial do Vale do Taquari. 

Com a aposentadoria do cervejeiro Albert Meinzer, Diel buscou em São Paulo, o alemão Petar Hirtenkauf e sua família, com quem fez grande amizade e desenvolveu diversos projetos que mudaram a forma de produzir cerveja no Brasil.

Em 1968 a Cervejaria Polar, administrada por Arnaldo J. Diel, era responsável por 60% de todos os impostos de Estrela, que nesta época tornava-se o décimo município em arrecadação no RS. 

Diariamente caminhões carregados cruzavam as estradas brasileiras levando produtos da Polar de Estrela para diversos estados brasileiros (Goias, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Fortaleza e Brasília). Foi criada uma filial em São Paulo. A Polar Export ganhou destaque nacional nesta época. 

Arnaldo J. Diel teve papel decisivo na construção do Ginásio Esportivo da Soges de Estrela, que leva seu nome como homenagem aos relevantes serviços prestados. O Ginásio foi concluído em 1966.

Seu sepultamento em janeiro de 1969 ocorreu com numeroso acompanhamento. Grande consternação tomou conta da cidade.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fotos: Airton Engster dos Santos

O ilustre filho de Estrela, Lothar Francisco Hessel




Lothar Francisco Hessel

A obra de Lothar Hessel “O Município de Estrela – História e Crônica”, editado em 1983 é um livro com detalhes e informações, incluindo dados históricos e curiosidades sobre nossa terra.

Em 16 de maio de 2005 o Professor Hessel recebeu o Título de Honra ao Mérito da Câmara Municipal de Vereadores de Estrela.

O historiador, desde 30 de outubro de 1964, era membro da Academia Rio-Grandense de Letras, a qual presidiu de 1972 a 1974.

A produção do seu livro foi incentivado no mandato do ex-prefeito Hélio Musskopf, mas foi concluído no início do segundo mandato de Gabriel Aloísio Mallmann, em 1983. Houve dificuldades econômicas para editar o Livro. Recorreu a alguns amigos e instituições para conseguir concluir o projeto.

O professor Lothar era Diplomado em Letras Neolatinas pela Faculdade de Filosofia da Ufrgs. Fez curso de especialização nas Universidades de Santiago do Chile, em 1953, e de Madrid, em 1958-1959.

Trabalhou na Livraria do Globo, atuando na seção de Dicionários e Enciclopédias (1944-1947). Em 1975 colaborou com centenas de verbetes para o Novo Dicionário de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (Rio, Ed. Nova Fronteira).

Livros publicados por Lothar Hessel: O teatro jesuítico no Brasil (1972); O teatro no Brasil da Colônia à Regência (1974); O teatro no Brasil sob Dom Pedro II (1979); O Partenon Literário e Sua Obra (1976); Teatro no Rio Grande do Sul (1998); O Município de Estrela - História e Crônica, em 1983 e reeditado em 2004; O Teatro no Brasil sob Dom Pedro II (1986); CIPEL. 20 Anos de Pesquisas (1987); Momentos Culturais Sul-Rio-Grandenses (1990), Europeus vistos de perto - 1966, em 1994, e O Município de Imigrante - Registros e Memórias, em 1998.

O professor Hessel também era membro do Instituto Histórico de São Leopoldo, desde 1976, do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, desde 1984, e do Instituto Histórico e Geográfico do Vale do Taquari, desde 1999.

O ilustre filho de Estrela, Lothar Francisco Hessel, nascido em 31 de março de 1915, percorreu diversos países da América do Sul e da Europa realizando conferências e colaborando com periódicos editoriais morreu no dia 24 de agosto de 2007.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fotos: Acervo Airton Engster dos Santos


Dr. Lauro Reinaldo Müller - o Brasão e a Bandeira de Estrela são de sua autoria




Dr. Lauro Reinaldo Müller 

Dr. Lauro Reinaldo Müller, médico-cirurgião e clínico geral em Estrela nascido em 2 fevereiro de 1912, em Porto Alegre, e falecido em maio de 1977, em Salvador na Bahia, sepultado em Estrela, no cemitério evangélico.

Foi casado com Edithe Helka Einloft, pai de Tereza Cristina Müller. Concluiu o curso secundário, em 1930. Em 1934, matriculou-se na Faculdade de Medicina na Ufrgs, diplomando-se em 1939, como cirurgião, ginecologista e obstetra. Fixou residência em Estrela no ano de 1941, no Hospital Estrela. 

Dr. Lauro Reinaldo Müller foi sócio fundador do Rotary Club de Estrela e posteriormente também Presidente; Foi Presidente da Comissão dos Festejos do Jubileu de Diamantes da cidade em 1951; e também Presidente da Festa de Maio que marcou os 90 Anos de Emancipação Política do município (1966).

Foi fundador da Sociedade Filatélica Alto Taquari; Sócio Fundador da Sociedade de Medicina do alto Taquari; Membro do Aeroclube do Vale do Taquari; Membro do Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul, representando a 3ª Delegacia de Ensino de Estrela; Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, entre outras tantas atividades profissionais, culturais e sociais.

Como filatelista, Dr. Lauro Reinaldo Müller recebeu diversos prêmios, Estaduais, Nacionais e internacionais. Entre eles a Medalha de Ouro dos Correios Brasileiros, por relevantes serviços prestados.

Como historiador publicou diversos trabalhos sobre a “História do Brasil”. Recebeu do Instituto Histórico de São Paulo o “Colar D. Pedro I”, por serviços prestados nas comemorações do Sesquicentenário da Independência do Brasil

Dr. Lauro Reinaldo Müller foi um homem que viveu intensamente em tudo que teve oportunidade de participar. Em outras palavras, fez a diferença. Deixou um legado para os estrelenses, o Brasão e a Bandeira de sua autoria, seguirão sendo para todo sempre, um orgulho, que nos identifica, nos une na construção da Princesa do Vale do Taquari. A forma oval do brasão de Estrela, lembra justamente a condição de Princesa do Vale do Taquari.

Dr. Lauro Reinaldo Müller está sepultado no Cemitério Evangélico de Estrela.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fotos: Acervo Airton Engster dos Santos

Fundador de Estrela-RS Antônio Vítor de Sampaio Mena Barreto



Antônio Vítor de Sampaio Mena Barreto

Fundador de Estrela. Nome da praça principal, defronte à igreja matriz e prefeitura municipal, com um monumento em sua homenagem. 

A área da praça foi doada pelo próprio fundador da cidade, em 1872. Sua estruturação e arborização vieram com o tempo.

O homenageado é o fundador da cidade de Estrela e de Linha Glória. Nasceu em Porto Alegre 1825, morreu em 1891 em Rio Pardo. Casado com Maria Januária Fagundes Mena Barreto.

Construiu um sobrado na sede de sua Fazenda da Estrela, onde veio se estabelecer com a família. 

Na lista de eleitores da Paróquia de Taquari, em 1864, consta como eleitor, com 39 anos de idade, de profissão militar. 

Na Guerra do Paraguai, foi engajado nas forças brasileiras conquistando o posto de coronel. 

Membro da primeira Comissão da Capela de Santo Antônio, encarregado da construção da igreja, em março de 1873. Doou também a área para o Cemitério Católico. 

Foi vereador em Taquari. Depois, mudou-se para Porto Alegre. Coronel e comandante da Guarda Nacional, foi proprietário do vapor Estrella, que navegava pelo Rio Taquari, em 1860.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fotos: Acervo Airton Engster dos Santos

domingo, 15 de julho de 2018

O Zigue-Zague de Estrela será restaurado em breve!




O Zigue-Zague de Estrela será restaurado em breve!

Seguramente um dos locais mais utilizados pela população de Estrela foi a Escadaria do Zigue-Zague. O caminho mais rápido que os habitantes da “Villa” percorriam para chegar ao Rio Taquari e vice-versa.

Leônidas Erthal falou com nostalgia que o Rio Taquari e a população estavam intimamente ligados.

Tudo era motivo para ir ao Rio, desde lavar roupas, tomar banho, pescar passear de barco, principalmente viajar. 

O Pesquisador salienta que nos primeiros tempos o Rio Taquari era o único caminho para viagens longas a vapor, e barcaça para travessias locais. 

O Zigue-Zague foi o caminho para pedestres que ligava a parte alta da “Villa” (Centro) a parte baixa (Rio). Na verdade seria a continuação da Rua 13 de Maio, na época Rua da Direita, até o encontro com a Rua Arnaldo J. Diel (Rua da Praia).

Devido ao grande desnível não era possível trafegar com carroças ou calhambeques no local. Segundo Erthal a população encurtava o caminho descendo e subindo ziguezaguenado entre ervas e arbustos. Mais tarde recebeu calçamento, muro com pequenos pilares ornamentais suportando belas floreiras.

Na década dos anos 1970, algumas Ruas e parte da Zigue-Zague foram doadas para ampliar a indústria de cervejas, instalada no local.

Hoje o Zigue-Zague está desativado como caminho, interrompido pela ex-fábrica, mas parte sua está lá como testemunho de uma época, lembrado com saudade pelas pessoas idosas e curiosidade dos jovens.

Leônidas conheceu o projeto de restauração do espaço público que está sendo elaborado pelo arquiteto Mauro Garcia Ayres da Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplade).

O professor elogiou a iniciativa da Prefeitura de Estrela, e gostou do que viu, especialmente porque serão mantidas as características originais do Zigue-Zague antigo. Deverá ser restaurado em breve, segundo informou o arquiteto responsável.


O Jornal Nova Geração Noticiou:

Na edição de 28 de junho de 1976, o NG informou que o Centro de Artes, Ciências e Tecnologia de Estrela (Cact) participou do Campeonato Estudantil Gaúcho de Ginástica Olímpica realizado em Porto Alegre. A equipe mirim feminina conquistou o 3º lugar com outros destaques individuais e coletivos. Era dirigida pela professora Rudnei Schwertner.

História de Estrela:

Em julho de 1968 foi realizada programação festiva pela passagem do Dia do Colono, no Parque 20 de Maio: Missa Comunitária; Hora Cívica; Apresentação de Coros; Danças folclóricas pelo CTG Mirim da Escola Normal Rural Estrela da Manhã.

Texto: Airton Engster dos Santos
Fotos: Acervo Airton Engster dos Santos
Publicado no Jornal Nova Geração